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Garoto encontra refúgio em abrigo após apanhar da mãe
Art. 101
[...] O acolhimento institucional e o acolhimento
familiar são medidas provisórias e excepcionais,
utilizáveis como forma de transição para reintegração
familiar [...]
DE SÃO PAULO
As lembranças da infância
de Jhonatan de Oliveira, 18,
são repletas de lacunas.
Encontrado debaixo de
um viaduto em São Gonçalo
(RJ), com seis meses de vida,
ele não sabe onde nasceu.
Desde então, há outros recantos da memória que ele
não visita. Constantemente
agredido pela mãe adotiva,
ele fala de vazios no passado
causados pelo trauma.
"Não era palmada. Apanhava com vara de goiaba,
com correia", conta. "Mal
consigo me lembrar."
As razões, diz, eram os "escândalos" que fazia quando
descobriu ser adotado.
Denúncias de vizinhos levaram o Conselho Tutelar a
refugiar Jhonatan -então
com sete anos- em um abrigo por um ano.
As agressões continuaram
nos seis anos seguintes, durante os quais ele passou a
pedir ajuda sozinho. "Eu corria até o Conselho", conta.
"Na hora, ir para o abrigo
era a melhor coisa que eu podia imaginar", diz. "Todo o
mundo me dava atenção."
Aos 15 anos, a violência
cessou. Hoje, ele sonha ser
conselheiro tutelar. "O ECA
foi minha proteção."
(DB)
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