São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2010

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Garoto encontra refúgio em abrigo após apanhar da mãe

Art. 101
[...] O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reintegração familiar [...]

DE SÃO PAULO

As lembranças da infância de Jhonatan de Oliveira, 18, são repletas de lacunas.
Encontrado debaixo de um viaduto em São Gonçalo (RJ), com seis meses de vida, ele não sabe onde nasceu.
Desde então, há outros recantos da memória que ele não visita. Constantemente agredido pela mãe adotiva, ele fala de vazios no passado causados pelo trauma.
"Não era palmada. Apanhava com vara de goiaba, com correia", conta. "Mal consigo me lembrar."
As razões, diz, eram os "escândalos" que fazia quando descobriu ser adotado.
Denúncias de vizinhos levaram o Conselho Tutelar a refugiar Jhonatan -então com sete anos- em um abrigo por um ano.
As agressões continuaram nos seis anos seguintes, durante os quais ele passou a pedir ajuda sozinho. "Eu corria até o Conselho", conta.
"Na hora, ir para o abrigo era a melhor coisa que eu podia imaginar", diz. "Todo o mundo me dava atenção."
Aos 15 anos, a violência cessou. Hoje, ele sonha ser conselheiro tutelar. "O ECA foi minha proteção." (DB)


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