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Conselho Tutelar ajuda garota a conseguir o primeiro emprego
Art. 69
O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho [...]
DE SÃO PAULO
Mayara Trindade Silva, 18,
sabia "mais ou menos" que
tinha direito a um trabalho.
Na dúvida, assim que completou 16 anos, a garota procurou um Conselho Tutelar e
pediu ajuda para conseguir o
primeiro emprego.
"O conselheiro tinha arranjado trabalho para o meu
primo, então, fui lá."
Após ser entrevistada e
preencher uma ficha de cadastro, Mayara foi encaminhada para uma ONG que,
por sua vez, a direcionou para um banco -no qual ela foi
aprendiz por vinte meses.
Mayara recebia R$ 312 por
mês, e o primeiro salário ela
gastou com roupas.
A remuneração foi aumentando. Hoje, efetivada, ela
tem salário de R$ 1.400. Metade disso ela dá para a mãe
investir na construção da casa da família. Com o resto,
paga suas próprias contas.
O "mais ou menos" a respeito dos direitos virou certeza. Ela teve aulas de cidadania e estudou o ECA na ONG. "Fui atrás do que eu queria e
do que era meu direito."
(DB)
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