São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2010

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Denúncia de irmão livra garota de abuso sexual dentro de casa

Art. 5
Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais [...]

DE SÃO PAULO

Aos sete anos, João (nome fictício) já desconfiava de que havia alguma coisa muito estranha entre seu padrasto e sua irmã mais nova.
Foi aos 11 anos que ele flagrou a garota sendo abusada. Não teve dúvidas de que as marcas vermelhas na pele da irmã vinham daí.
Mas teve medo. Temia a violência do padrasto, caso contasse aquilo a alguém. Ainda assim, ele procurou os professores da escola para narrar o que havia visto.
"Eu sabia que era errado, tinha ouvido falar sobre abuso sexual na TV", conta Anderson, hoje com 22 anos.
Na época, a história chegou ao Conselho Tutelar de Ourinhos (a 378 km de São Paulo), onde ele mora.
Condenado, o padrasto dos jovens ficou preso por sete anos, antes de morrer. A mãe, que sabia dos estupros e não os impedia, ficou quase nove anos na prisão.
Sem família, João e a irmã passaram a adolescência em abrigos.
"Tirei minha irmã de uma situação horrível", diz João. "Se aquilo continuasse, nós não seríamos nada na vida." (DIOGO BERCITO)


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