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Denúncia de irmão livra garota de abuso sexual dentro de casa
Art. 5
Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais [...]
DE SÃO PAULO
Aos sete anos, João (nome
fictício) já desconfiava de
que havia alguma coisa muito estranha entre seu padrasto e sua irmã mais nova.
Foi aos 11 anos que ele flagrou a garota sendo abusada. Não teve dúvidas de que
as marcas vermelhas na pele
da irmã vinham daí.
Mas teve medo. Temia a
violência do padrasto, caso
contasse aquilo a alguém.
Ainda assim, ele procurou os
professores da escola para
narrar o que havia visto.
"Eu sabia que era errado,
tinha ouvido falar sobre abuso sexual na TV", conta Anderson, hoje com 22 anos.
Na época, a história chegou ao Conselho Tutelar de
Ourinhos (a 378 km de São
Paulo), onde ele mora.
Condenado, o padrasto
dos jovens ficou preso por sete anos, antes de morrer. A
mãe, que sabia dos estupros
e não os impedia, ficou quase
nove anos na prisão.
Sem família, João e a irmã
passaram a adolescência em
abrigos.
"Tirei minha irmã de uma
situação horrível", diz João.
"Se aquilo continuasse, nós
não seríamos nada na vida."
(DIOGO BERCITO)
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