São Paulo, segunda-feira, 12 de janeiro de 2004 |
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02 NEURÔNIO Amor de verão
JÔ HALLACK
O verão é a estação oficial do acasalamento. É a época na qual você tem de arrumar um
pretê a qualquer custo.
Na praia, na piscina, no
chuveiro, no engarrafamento, no banho de
mangueira na vila.
Não sabemos, com
certeza, de onde veio essa lei universal das estações. Só sabemos que
ela é opressora. Afinal, quem não tem
um amor de inverno se sente na obrigação de arrumar uma pessoa amada.
Como se fosse fácil.
Dizem que as pessoas, na praia, ficam
mais receptivas. O problema é que elas
ficam receptivas, mas você fica totalmente vulnerável de biquíni. E às garotas malhadas de biquíni encravado
branco que estão sentadas do seu lado.
O sábio Contardo Calligaris escreveu
nesta Folha uma teoria interessante sobre o assunto. Segundo ele, o verão é tido como a estação em que as pessoas
estão mais soltinhas. Mas o que se mostra é o corpo. E os sentimentos? Onde
ficam? (Isso é o que a gente entendeu, é
uma versão remix do Contardo, OK?)
Concordamos com o psicanalista
quando diz que o inverno talvez fosse a
melhor estação para encontrar um
amor. Achamos que protagonizar a
dança do acasalamento de vestido de
mangas compridas é beeeem mais fácil.
Com todos aqueles casacos, calças, botas e gorros, sua auto-estima fica
muito mais alta. Por que,
né?
Mas, se você quer, a
qualquer custo, conseguir um amor de verão...
Vamos lá:
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