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COMPETIÇÃO
Brasil leva equipe ao Torneio Internacional de Jovens Físicos, na Austrália; um dos garotos conta ao Folhateen como foi
A toda a força
DIOGO BERCITO
ESPECIAL PARA A FOLHA
A competição foi incrível. Não são
muitas as vezes em que tantas pessoas diferentes se reúnem com um
só objetivo. Não digo isso pelas seis horas
diárias de competição, mas pelo tempo restante de convívio, quando foi possível
aprender coisas sobre os quatro cantos do
mundo que talvez os livros não dissessem.
E é o tipo de experiência que dura para
sempre. Quando ia chegando o último dia,
as pessoas correram para pedir telefone, e-mail e endereço das outras, para não perderem o contato. Acho que todos os cinco integrantes dos 26 times dos 24 países que
participaram do torneio sabem que será difícil esquecer os momentos passados dentro da escola tradicional de Brisbane, na
Austrália, onde a competição aconteceu.
Dezenas de adolescentes interessados em
física competiram lá durante uma semana.
Era curioso fechar os olhos no ônibus, durante os dias de excursão, e perceber como
era impossível saber quantas línguas diferentes estavam sendo faladas ao mesmo
tempo. Deu também para perceber quantas pronúncias diferentes de inglês existem.
Nós ficamos em 15º lugar. Para uma primeira participação, é uma ótima colocação.
No ano que vem, com mais experiência,
calma e preparo, não é absurdo pensar em
fazer frente a poloneses e alemães, que hoje
são os grandes times da competição.
O torneio foi empolgante. Os alemães
guardaram uma carta na manga, uma arma secreta. Eles resolveram a questão que
nenhum país teve coragem de encarar e
guardaram a solução para apresentar na final. Foi um golpe de mestre. Foi tão incrível
que ninguém quis perder o último round.
Os finalistas foram Polônia, Alemanha e
Eslováquia. Um verdadeiro duelo de titãs.
Para quem está interessado em fazer parte do time nacional no ano que vem, isso
tudo pode parecer um tanto assustador. Eu
sei, é assustador. Mas não é nada inatingível, pois a maioria dos participantes eram
pessoas normais que só se esforçaram muito e estavam lá por mérito pessoal.
Dê uma chance a si mesmo. Os 17 problemas propostos anualmente são divertidos e
podem ser uma ótima distração e um grande passo para o seu futuro.
Diogo Bercito, 16, é aluno do segundo ano do
ensino médio
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