Antes de escrever contos e peças de teatro, no fim de 1800, o russo Anton Pavlovitch Tchekhov era médico. Saiba disso antes de ler as cinco histórias de "Contos de Tchekhov" (Escala Educacional, 64 págs., R$ 23,90), porque todas dissecam o ser humano.
Às vezes, a abertura é do corpo, como na tétrica "O Investigador", em que cabe a dois legistas descobrir por que uma moça linda morreu de repente. Em outras horas, abre-se a mente humana (leia "O Infrator"). Como na anatomia, ilustrar e concentrar os textos do autor só os fizeram mais fortes e ácidos. E deliciosos. Um tapa na cara que continua ardendo um século e pouco depois.


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