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INTERNETS
RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com
O Twitter é brasileiro (parte 2)
NA SEMANA passada, fui
"xingado muito no Twitter".
Explico: falei sobre como
temas brasileiros estão ficando cada vez mais comuns nos "trending topics"
globais (os tópicos mais comentados no mundo).
Chamei também a atenção para a hipótese de que
aparecer nessa lista às vezes não significa muito: os
assuntos são tão fragmentados no Twitter que qualquer pico mais concentrado
pode chegar ao Olimpo.
Sem querer, fui pego por
outra discussão. Em 4 de setembro, a Folha publicou
uma manchete que desagradou aos partidários da
campanha de Dilma.
Isso gerou várias respostas no Twitter que chegaram aos TTs (indexadas como #dilmafactsbyfolha).
Quando meu artigo foi
publicado, no dia seguinte,
começou a confusão: muita
gente achando que ele desvalorizava os TTs por conta
das reações do domingo.
Como não tenho bola de
cristal nem sou amigo dos
donos do polvo Paul, obviamente não tinha como prever o futuro. Mas fiquei ainda mais curioso para entender a importância dos TTs.
O site de marketing digital Buzzgain estimou no ano
passado que eram necessários 922 usuários e cerca de
1.900 tuítes para fazer um
assunto aparecer nos TTs.
Muito pouco.
É claro que esses números variam de acordo com o
horário, o dia, o idioma e outros fatores. Com o crescimento do Twitter, tendem a
aumentar. Mesmo assim, a
escala não parece grande.
Além disso, sites como o
Techcrunch vêm apontando
como os TTs estão cada vez
mais tomados por brincadeiras (como foi o caso do "Dona Delma" no Brasil).
Isso pode ser visualizado
com a ajuda do site Trendistic.com. Por exemplo, ao
comparar #dilmafactsbyfolha com a banda #restart no
mesmo período, dá para ver
que o rock adolescente tem
picos bem maiores do que a
movimentação política
(bit.ly/bD4KNk).
Há bons indicativos de
que os TTs não estão com essa bola toda. Mas quem discordar vai poder "xingar
muito no Twitter".
MONITOR
JÁ ERA
Bola de cristal
JÁ É
Polvo Paul
JÁ VEM
Tuiteiros apressados percebendo que esta coluna não é capaz de prever o futuro
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