|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Sons & Letras
VOCALISTA DO INCUBUS FALA AO FOLHATEEN SOBRE PROJETO SOLO, BRASIL E LITERATURA
MAYRA DIAS GOMES
COLUNISTA DO FOLHATEEN
A banda californiana Incubus está ansiosa para voltar
ao Brasil. Depois de um hiato
de dois anos, Brandon Boyd,
Mike Einziger, Ben Kenney,
Chris Kilmore e José Pasillas
voltam aos palcos brasileiros
no festival SWU, que será
realizado em outubro em Itu,
no interior de São Paulo.
"Todos estavam em suas
respectivas esquinas do
mundo. Nosso guitarrista Mike está há dois anos na Universidade Harvard, estudando teoria musical e evolução
humana. O José, nosso baterista, acabou de ter uma filha...", conta Brandon, o vocalista da banda.
Ele se sentou num Starbucks de Los Angeles (EUA)
para conversar com o Folhateen sobre os quase 20 anos
de estrada do grupo e seus
projetos fora do Incubus.
Em julho ele lançou seu
primeiro álbum solo, "The
Wild Trapeze".
"Eu me perguntava há
anos se seria capaz de criar
um trabalho inteiramente
sozinho", diz. "Não sabia se
tinha paciência para fazer tudo sem ter que trocar ideia
com os outros caras da banda. Aí simplesmente tentei.
Precisava provar para mim
mesmo que era possível."
A gravação do disco aconteceu em uma floresta no Estado de Nova York.
"The Wild Trapeze", a primeira música do álbum, foi
inspirada no livro "Stand
Still Like the Hummingbird",
do escritor norte-americano
Henry Miller. Antes, a música "Talk Show on Mute" já
havia sido inspirada em outro livro: "A Revolução dos
Bichos", de George Orwell.
Por que não falar de literatura com uma banda de rock
alternativo? "Essa tem sido a
maior influência na minha
vida como artista. Mais do
que música e arte. Nada me
excita mais do que ler algo
que salta diante dos meus
olhos, me penetra e começa
a vazar da página", viaja.
A banda é avessa a rótulos
e conclui que faz um som
simplesmente alternativo,
palatável para qualquer tipo
de pessoa.
"Somos muito gratos aos
nossos fãs brasileiros. Como
sou descendente de latinos,
sempre achei que há um
pouco mais de fogo no sangue deles, um fogo que precisa se expressar", diz. "Apesar de eu não gostar de turnês, estou empolgado com
esse show que faremos no
Brasil."
Da última visita ao país,
em 2007, quando fez dois
shows com ingressos esgotados, Brandon carrega algumas lembranças positivas,
outras estranhas: "Além de
os shows terem sido os mais
memoráveis da nossa carreira, lembro de como fiquei
chocado com os carros que
têm janelas à prova de balas.
Eu nunca vi um carro à prova
de balas nos EUA".
Brandon não planeja tocar
suas músicas do disco solo
quando subir ao palco do
SWU com o Incubus.
Mas ele manda recado para os fãs de que a banda está
se preparando para gravar
um novo álbum no ano que
vem. "Será o nosso melhor."
É esperar para ver.
Texto Anterior: Na estrada - Mayra Dias Gomes: Justin Bieber no shopping, ignorando fãs Próximo Texto: Vai-e-vem Índice | Comunicar Erros
|