São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2010

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Vai-e-vem

DE CALÇAS LARGAS E IOIÔS NAS MÃOS, GAROTOS CRIAM MANOBRAS NOVAS E RADICAIS
IGOR FÉRVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para muita gente, o ioiô é uma modinha que passou. Mas tem uma galera que encara o brinquedo como um estilo de vida.
Assim como existem os skatistas, também existem os ioiozeiros. E, como os skatistas, eles seguem a linha "streetwear": usam calças largas, com correntes, e camisas grandonas.
O paulistano Rafael Matsunaga, 33, ou Red, como é conhecido, e o curitibano Victor Hugo Camargo, 15, são exemplos disso e representam diferentes gerações do ioiô brasileiro.
Red é "veterano". Foi campeão mundial em 2003 e é presidente-fundador da ABI (Associação Brasileira de Ioiô), entidade fundamental para os profissionais da área. "A ABI ajuda na comunicação entre os jogadores, mantendo-os ativos, e organiza campeonatos", diz Red.
Victor é uma promessa. Foi vice-campeão brasileiro e disputou o mundial deste ano, além de outros dez campeonatos pelo país.
Ambos começaram do mesmo jeito: brincando. Rafael é contemporâneo dos ioiôs da Coca-Cola. Victor começou com um ioiô totalmente convencional. "Comecei a jogar aos 11 anos na escola com meus amigos", diz.
Os ioiôs de hoje são bem diferentes daqueles das décadas de 80 e de 90. Hoje, eles vêm com um contrapeso que permite manobras mirabolantes. Para cima, para baixo, de um lado para o outro, em volta da cabeça e do próprio corpo, "pulando corda" com a linha.
Victor e Red fazem do ioiô uma arte a ser vista e admirada. Uma hora de treinamento por dia já basta.
Só quando uma competição está perto que o curitibano pega um pouco mais pesado: "Em véspera de campeonato, eu treino mais: três horas, no máximo", garante. Outras feras do ioiô conhecidas do circuito de batalhas e campeonatos são Ricardo Marechal, Alucard, Danilo Packer e o artista plástico Titi Freak.

Conheça algumas manobras radicais de ioiô folha.com.br/ft796423


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