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São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003

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BALÃO

Por um quadrinho mais ordinário

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A juventude está de saco cheio. Cansada da escola, dos professores, dos seus pais divorciados, da política, até dos seu próprios amigos, que só passam na sua casa quando chega aquele novo videogame que eles nunca vão poder comprar.
Johnny Ryan (www.johnnyr.com), 32, já está bem crescidinho, mas também anda puto e resolveu fazer piada em cima disso na série "Angry Youth Comix", que a editora americana Fantagraphics vem lançando por recomendação do não menos azedo Peter Bagge, de "Ódio" -que a Via Lettera já publicou por aqui.
Rapidamente editados no Brasil na incursão-relâmpago da revista "Crocodilo" pelas bancas do país, os quadrinhos de Ryan, mistura de Beavis e Butthead com Eminem, caíram nas graças dos fãs do dito underground americano e nos fazem pensar sobre para quê, afinal, deveriam servir nossas queridas HQs.
"Quadrinhos costumavam ser divertidos e loucos e esquisitos e toscos. Agora, são uma forma de arte séria e devem ser respeitados como tais (...) Era por serem vistos como lixo que os cartunistas tinham a liberdade de fazer o que sempre quiseram. Os quadrinhos eram um dos poucos meios onde você poderia ser tão cretino quanto desejasse", disse o autor em entrevista ao "Comics Journal".
Neil Gaiman na lista de best-sellers do "The New York Times"? "Não sei. Nunca li!" Rock and roll!!!

balao@folha.com.br


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