São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

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Led em SP: só no cine

ESPECIAL PARA O FOLHATEEN

Eu queria ser Jimmy Page. Mas, depois da minha terceira aula de guitarra, percebi que não ia rolar e comecei a estudar canto e contrabaixo. Mas a paixão pelo bruxo continuou e, nos anos 70, minha camiseta preta com Jimmy empunhando sua Gibson de dois braços era uma segunda pele.
Sem falar no Zoso (veja quadro), que estava em todos os meus cadernos do Objetivo. Ficava horas em aulas tediosas desenhando a figura que era meu ideal de elegância rock'n'roll.
Encontrei Page no Sheraton, no Rio, em 96, na turnê Unledded. Um gentleman, que na época namorava uma baiana e que ainda hoje mantém uma casa na Bahia.
Cheguei em Sampa aos 14 anos, em 77, e logo encontrei meu John Bonham, o Lair. Montamos uma banda e saíamos quase que diariamente em peregrinação pela cidade em busca de algum cinema que estivesse passando "Rock é Rock Mesmo"(o título em português de "The Song Remains the Same". Podia ser pior...).
Sessões malditas no Metro e no Gemini, cada exibição um verdadeiro show, atraindo hordas de hippies e malucos em geral, drogas correndo soltas e pessoas saindo carregadas, isso quando não baixava a polícia. Uma delícia.
O Zeppelin saiu de cena em 1980, justamente quando nós estávamos começando, abrindo espaço para toda uma nova estética, mas jamais sairá do meu coração como a banda mais poderosa da minha adolescência. (PAULO RICARDO)


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