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Led em SP: só no cine
ESPECIAL PARA O FOLHATEEN
Eu queria ser
Jimmy Page.
Mas, depois da
minha terceira aula de
guitarra, percebi que
não ia rolar e comecei a
estudar canto e contrabaixo. Mas a paixão pelo
bruxo continuou e, nos
anos 70, minha camiseta preta com Jimmy
empunhando sua Gibson de dois braços era
uma segunda pele.
Sem falar no Zoso
(veja quadro), que estava em todos os meus cadernos do Objetivo. Ficava horas em aulas tediosas desenhando a figura que era meu ideal
de elegância rock'n'roll.
Encontrei Page no
Sheraton, no Rio, em
96, na turnê Unledded.
Um gentleman, que na
época namorava uma
baiana e que ainda hoje
mantém uma casa na
Bahia.
Cheguei em Sampa
aos 14 anos, em 77, e logo encontrei meu John
Bonham, o Lair. Montamos uma banda e saíamos quase que diariamente em peregrinação
pela cidade em busca de
algum cinema que estivesse passando "Rock é
Rock Mesmo"(o título
em português de "The
Song Remains the Same". Podia ser pior...).
Sessões malditas no
Metro e no Gemini, cada exibição um verdadeiro show, atraindo
hordas de hippies e malucos em geral, drogas
correndo soltas e pessoas saindo carregadas,
isso quando não baixava
a polícia. Uma delícia.
O Zeppelin saiu de cena em 1980, justamente
quando nós estávamos
começando, abrindo espaço para toda uma nova estética, mas jamais
sairá do meu coração
como a banda mais poderosa da minha adolescência.
(PAULO RICARDO)
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