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MUITA ADRENALINA
WAKEBOARD
Primo distante do esqui aquático, o wakeboard vira sensação entre aqueles que curtem esporte e adrenalina; brasileiros começam a despontar em competições pelo mundo
Voando na água
Flavio Florido/FI
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Luciano, 16, pratica wakeborad na represa Guarapiranga |
ERIKA SALLUM
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem tão difícil como o surfe nem
tão tranqüilo
quanto o esqui aquático.
Para quem se amarra
em adrenalina e esportes radicais, o wakeboard é a pedida do momento. Criada nos Estados Unidos, a modalidade chegou ao Brasil há
uns dez anos, mas só agora começa a se popularizar entre os
adolescentes.
"Conheci o wake uns quatro
anos atrás. No início, praticava só para me divertir, sem compromisso", relembra Luciano Rondi
Neto, 16, uma das grandes revelações do wake brasileiro. "Hoje, pegar a prancha e fazer manobras loucas virou um vício em minha vida. Recomendo
para todo mundo", diz ele. Luciano, mais
conhecido como Deco, vem se destacando
em várias competições nacionais, ao lado
da irmã, Gabriela, de 18 anos.
Em 2004, ganhou os campeonatos paulista e brasileiro numa categoria amadora
chamada open A. Desde o início deste ano,
entrou para a categoria profissional, em
que disputa com nomes consagrados do
esporte. "Cada vez mais gente da minha
idade se interessa pelo wake. Isso é um bom
sinal, porque, num futuro bem próximo,
teremos mais atletas de ponta."
Deco treina três vezes durante a semana e
todos os sábados e domingos. Ao tentar fazer manobras complexas, machucou o joelho e já ficou desmemoriado, por causa de
uma queda. "Nada de muito grave. O wake,
apesar de radical, não é um esporte extremamente perigoso."
Outra jovem promessa é Marcelo Mammana, 18, que se apaixonou pelo wake
quando tinha apenas 11 anos. Desde os 15,
participa de competições. Assim como Deco, também já se consagrou campeão brasileiro de wake na open A. No ano passado,
já na categoria profissional, ficou em quarto lugar no Campeonato Sul-Americano.
"No wake, dá para se divertir como no surfe e nem precisa ficar esperando as ondas. É
demais", afirma. "É o esporte no qual mais
consigo me expressar. Exige muito condicionamento físico, pois força pernas e braços. Só que não tem nada mais legal do que
subir numa prancha e saltar as marolas."
O wakeboard surgiu quando surfistas
americanos matavam o tempo em dias de
mar calmo. Sem ondas para surfar, eles ficavam pegando as marolas formadas por
barcos ou jet-skis que os rebocavam com
uma corda. Com o tempo, foram criadas
pranchas específicas de wake, menores e
mais ágeis que as de surfe. Botas especiais
de borracha prendem os pés do atleta.
"O legal do wake é que, para os iniciantes,
dá para ficar em pé na prancha logo na primeira aula", diz Dedé Figueiredo, treinador
de Deco e dono da escola 2D. "O difícil é fazer as acrobacias, quando se está está mais
craque." Figueiredo é um dos profissionais
que dá cursos de wake na represa Guarapiranga, um dos points mais badalados entre
os praticantes de São Paulo nos finais de semana. Outro pico movimentado é a represa Jurumirim, em Avaré, no interior do Estado de São Paulo. Nos dois lugares, há diversas escolas que oferecem aulas rápidas
de 60 minutos por cerca de 130 reais.
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