São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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música

Artic Monkeys 2 - a missão

Baterista fala do segundo disco e anuncia vinda da banda ao país

LÚCIO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A ÍNDIO
(CALIFÓRNIA)

E lá vem o Arctic Monkeys.
Escrever sobre essa banda inglesa hoje, maio de 2007, dá a sensação de estar escrevendo sobre o U2. Parece que o AM tem mais de 20 anos de carreira, não dois, de tanto que já se falou deles antes mesmo de o primeiro álbum ter sido lançado, no começo do ano passado.
Primeiro eles arrombaram as janelas da internet e transformaram em pandemônio os sites de download, blogs de música, myspaces e youtubes. Na seqüência, quando "todo mundo" já tinha baixado o disco de estréia deles antes deste chegar às lojas, bateram o recorde de álbum mais vendido na primeira semana da história da música britânica.
Depois de muito hype, shows lotados, prêmios recebidos, singles disputados e o lançamento do EP-indagação "Who the Fuck Are Arctic Monkeys", só agora, com o segundo álbum recém-lançado, o esperto "Favourite Worst Nightmare", é que os meninos de Sheffield estão se sentindo uma banda de verdade, veja só.
"A diferença entre o primeiro disco e esse segundo é que agora a gente sabe tocar. Viramos uma banda de verdade. No CD de estréia éramos uns molequinhos querendo ver onde esse troço de banda ia dar. Vimos e gostamos. Então resolvemos aprender na marra. Na estrada, longe de casa, onde esse segundo CD foi feito", disse o baterista Matt Helders, em conversa com o Folhateen no deserto da Califórnia, horas antes de se apresentar no palco principal do Coachella Festival.
A conversa foi com os três monkeys menos o vocalista Alex Turner. Mas Helders tomou o papo para si.
"Sim, procede a história de que nós começamos a tocar faz uns três anos, praticando em cima de músicas dos Libertines e dos Strokes", revela Helders, 21, a média de idade do Arctic Monkeys. "Éramos praticamente uma banda cover com músicas próprias."
É visível o progresso do Arctic Monkeys 2 em relação ao Arctic Monkeys 1. A energia e as letras falando do dia-a-dia de balada de um jovem em Sheffield continuam as mesmas. Mas a voz de Turner progrediu, as guitarras estão mais variadas e consistentes, as canções, mais ricas e a produção, mais bem cuidada que no disco de estréia.
Em qualquer lista de banda mais desejada para tocar no Brasil, o Arctic Monkeys lidera fácil. Já liderava no ano passado, dada a bagunça que seu primeiro disco causou na música independente.
"Vamos para o Brasil em outubro. Fomos avisados de que vamos passar calor no México, na Argentina e no Brasil no final do ano", avisa Helders.
O Folhateen apurou que ocorre nos bastidores dos festivais brasileiros uma disputa para fechar a turnê do Arctic Monkeys pelo Brasil. Motomix (setembro) é uma boa aposta. "Não sabemos se vai ser em um festival ou uma turnê sul-americana só nossa. Mas que ela vai ocorrer, isso vai", decreta o macaco baterista.

FAVOURITE WORST NIGHTMARE
Arctic Monkeys
www.arcticmonkeys.com
Ouça: "Fluorescent Adolescent"


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