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música
Artic Monkeys 2 - a missão
Baterista fala do segundo disco e anuncia vinda da banda ao país
LÚCIO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A ÍNDIO
(CALIFÓRNIA)
E lá vem o Arctic
Monkeys.
Escrever sobre essa banda inglesa hoje, maio de 2007, dá
a sensação de estar escrevendo
sobre o U2. Parece que o AM
tem mais de 20 anos de carreira, não dois, de tanto que já se
falou deles antes mesmo de o
primeiro álbum ter sido lançado, no começo do ano passado.
Primeiro eles arrombaram as
janelas da internet e transformaram em pandemônio os sites de download, blogs de música, myspaces e youtubes. Na seqüência, quando "todo mundo"
já tinha baixado o disco de estréia deles antes deste chegar
às lojas, bateram o recorde de
álbum mais vendido na primeira semana da história da música britânica.
Depois de muito hype, shows
lotados, prêmios recebidos,
singles disputados e o lançamento do EP-indagação "Who
the Fuck Are Arctic Monkeys",
só agora, com o segundo álbum
recém-lançado, o esperto "Favourite Worst Nightmare", é
que os meninos de Sheffield estão se sentindo uma banda de
verdade, veja só.
"A diferença entre o primeiro
disco e esse segundo é que agora a gente sabe tocar. Viramos
uma banda de verdade. No CD
de estréia éramos uns molequinhos querendo ver onde esse
troço de banda ia dar. Vimos e
gostamos. Então resolvemos
aprender na marra. Na estrada,
longe de casa, onde esse segundo CD foi feito", disse o baterista Matt Helders, em conversa
com o Folhateen no deserto da
Califórnia, horas antes de se
apresentar no palco principal
do Coachella Festival.
A conversa foi com os três
monkeys menos o vocalista
Alex Turner. Mas Helders tomou o papo para si.
"Sim, procede a história de
que nós começamos a tocar faz
uns três anos, praticando em
cima de músicas dos Libertines
e dos Strokes", revela Helders,
21, a média de idade do Arctic
Monkeys. "Éramos praticamente uma banda cover com
músicas próprias."
É visível o progresso do Arctic Monkeys 2 em relação ao
Arctic Monkeys 1. A energia e
as letras falando do dia-a-dia
de balada de um jovem em
Sheffield continuam as mesmas. Mas a voz de Turner progrediu, as guitarras estão mais
variadas e consistentes, as canções, mais ricas e a produção,
mais bem cuidada que no disco
de estréia.
Em qualquer lista de banda
mais desejada para tocar no
Brasil, o Arctic Monkeys lidera
fácil. Já liderava no ano passado, dada a bagunça que seu primeiro disco causou na música
independente.
"Vamos para o Brasil em outubro. Fomos avisados de que
vamos passar calor no México,
na Argentina e no Brasil no final do ano", avisa Helders.
O Folhateen apurou que
ocorre nos bastidores dos festivais brasileiros uma disputa
para fechar a turnê do Arctic
Monkeys pelo Brasil. Motomix
(setembro) é uma boa aposta.
"Não sabemos se vai ser em um
festival ou uma turnê sul-americana só nossa. Mas que ela vai
ocorrer, isso vai", decreta o macaco baterista.
FAVOURITE WORST
NIGHTMARE
Arctic Monkeys
www.arcticmonkeys.com
Ouça: "Fluorescent Adolescent"
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