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São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2003

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ESTANTE

Cronistas que fizeram história e eternizaram a vida cotidiana em coletânea

LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA

A gora parece inacreditável, mas, até uma geração atrás, a sala de aula escolar quase não deixava entrar a crônica. Os cronistas de jornal não mereciam o crédito que era reservado apenas aos que praticavam modalidades consideradas superiores de literatura: a poesia, o romance, o conto.
E ocorria até um caso singular: um sujeito como Carlos Drummond de Andrade, poeta com lugar certo na seleção dos melhores da língua portuguesa, podia ser lido na escola, mas como poeta apenas, jamais como cronista. A mesma coisa com a romancista Clarice Lispector, o poeta Manuel Bandeira e outros. Crônica era coisa para a vida cotidiana e, portanto, não merecia as glórias da eternidade.
Mas isso mudou bem. A crônica ganhou respeitabilidade, entre outros motivos porque foi e é praticada por gente talentosa. De tal forma que hoje há autores clássicos da língua brasileira. Drummond, Clarice, Bandeira, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e Rachel de Queiroz ajudaram a criar o estilo brasileiro de fazer crônica e podem ser lidos numa antologia bem apanhada que se chama "Elenco de Cronistas Modernos", leitura que dá gosto na escola ou em casa.

"Elenco de Cronistas Modernos"
Autor: Vários
Editora: José Olympio
Contato: 0/xx/21/2585-2060
Quanto: R$ 29



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