São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

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Tem que correr atrás de auxílio

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Quanto mais megalomaníaco e multimídia melhor". Assim o estudante de cinema Matheus Souza, 20, define o que o atrai em um projeto.
Não por acaso, sua estréia como diretor e roteirista não se deu com um curta, como é costume na área. Ele encarou direto um longa de ficção. "Eu tinha idéias meio mirabolantes e queria ativar muita gente para trabalhar comigo", justifica.
Deu certo. O filme "Apenas o Fim", que retrata de forma bem-humorada um jovem casal discutindo a relação, levou o prêmio do público no Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo deste ano, além de uma menção honrosa do júri carioca.

Só na amizade
O longa foi filmado inteiramente dentro da faculdade de Matheus -condição que a instituição impôs para emprestar os equipamentos-, com amigos trabalhando de graça na equipe. O orçamento total foi inferior a R$ 8.000.
"A filosofia do filme foi correr atrás e bater nas portas", conta Matheus. "Mas acho que esse é um caminho bacana para a minha idade, e não uma solução para tudo. Só foi possível porque nós não temos famílias para sustentar", pondera.
Para realizar esse primeiro trabalho, o jovem diretor optou pela câmera digital. "Era o que eu tinha habilidade para fazer. Não teria competência para dirigir em película", diz. "A pressão é menor, eu não precisava me preocupar se o rolo ia acabar ou não."
"Apenas o Fim" deve estrear em circuito nacional em junho de 2009. (LUANA VILLAC)


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