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Tem que correr atrás de auxílio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Quanto mais megalomaníaco e multimídia melhor". Assim o
estudante de cinema
Matheus Souza, 20, define o
que o atrai em um projeto.
Não por acaso, sua estréia como diretor e roteirista não se
deu com um curta, como é costume na área. Ele encarou direto um longa de ficção. "Eu tinha
idéias meio mirabolantes e
queria ativar muita gente para
trabalhar comigo", justifica.
Deu certo. O filme "Apenas o
Fim", que retrata de forma
bem-humorada um jovem casal discutindo a relação, levou o
prêmio do público no Festival
do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
deste ano, além de uma menção
honrosa do júri carioca.
Só na amizade
O longa foi filmado inteiramente dentro da faculdade de
Matheus -condição que a instituição impôs para emprestar
os equipamentos-, com amigos trabalhando de graça na
equipe. O orçamento total foi
inferior a R$ 8.000.
"A filosofia do filme foi correr atrás e bater nas portas",
conta Matheus. "Mas acho que
esse é um caminho bacana para
a minha idade, e não uma solução para tudo. Só foi possível
porque nós não temos famílias
para sustentar", pondera.
Para realizar esse primeiro
trabalho, o jovem diretor optou
pela câmera digital. "Era o que
eu tinha habilidade para fazer.
Não teria competência para dirigir em película", diz. "A pressão é menor, eu não precisava
me preocupar se o rolo ia acabar ou não."
"Apenas o Fim" deve estrear
em circuito nacional em junho
de 2009.
(LUANA VILLAC)
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