São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2004

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CARTAS

Colunista divide opiniões sobre Michael Moore; e leitor comenta reportagem sobre palavrões

Do mal...
"Escrevo para parabenizar Álvaro Pereira Júnior pelo interessante e corajoso artigo "O escroque do bem", publicado no Folhateen (ed. de 9/8).
Interessante, pela genial idéia de se fazer um documentário sobre esse "stupid white man". Corajoso porque, dada a babação da imprensa brasileira perante o milionário Michael Moore, é muito saudável ler algo que destoe dessa rasgação de seda hegemônica que quer transformá-lo em um grande cineasta mundial.
É no mínimo estranha a tentativa explícita no filme de Moore de pintar o presidente dos EUA como uma mistura curiosa de completo imbecil e gênio do mal. No entanto, parece que a maior parte da imprensa brasileira e a totalidade da nossa esquerda infantil, que cultua Fidel Castro e Hugo Chávez e toda sorte de ditadores sanguinários, ao mesmo tempo que se pintam como defensores da democracia, não parecem estar muito interessados em coerência. Preferem entreter-se com as macaquices de Moore contra o vilão da vez."
Carlos Gustavo Teixeira, 24 -São Paulo, SP

...ou do bem?
"Tenho observado diversas resenhas a respeito do filme "Fahrenheit 11 de setembro", de Michael Moore.
Ao ver o filme, assustei-me com falta de lucidez dos americanos. E, lendo a coluna "Escuta Aqui", assustei-me com a falta de lucidez do jornalista Álvaro Pereira Júnior ao comparar Michael Moore a George Bush. Talvez até de propósito, para gerar polêmica ou simplesmente para fomentar o questionamento. Mas o que me motivou a escrever é o fato de todos os jornalistas estarem extremamente preocupados com a possibilidade de Michael Moore ter sido sensacionalista, manipulador, com o fato de ele ser gordo e relaxado com a barba e com a possibilidade de ele também já ter feito algo errado na vida. Todos temos defeitos e cometemos erros, que, em diferentes graus afetam a vida de outras pessoas. Mas, se o colunista quer comparar Moore e Bush mesmo, diga-me quantos cadáveres, ódio e tristeza os erros do gordinho escroque foram capazes de gerar."
Rafael Silveira, 25 - Curitiba, PR

Jovem e violência
"Gostei muito da reportagem "Arte contra a violência", que trata da instalação colocada em frente ao Pátio do Colégio, no centro de São Paulo (ed. de 9/8). A artista Pinky Wainer, na sua exposição, retrata o atual quadro de violência que sofre o jovem brasileiro. O nome da mostra, "Licença, Senhor, S.A", é muito oportuno. O S.A. nada mais é que a sociedade que nada tem de anônima e que patrocina a exclusão."
Ademir de Oliveira Matos, 25 - Sorocaba, SP

Palavrões e palavrinhas
"Apesar de já ter 35 anos e dois filhos, leio o Folhateen atrás de informações sobre música e quadrinhos, que adoro. Foi constatado pela reportagem que o palavrão (ed. de 9/8) já não é mais tão condenável socialmente e, para os pais, é muito mais preocupante o conteúdo das letras e as imagens dos clipes do que um possível vocabulário chulo."
Paulo Conceição, 35 - Ribeirão Preto, SP

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