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TECNO
China bloqueia buscadores e libera só sites testados e aprovados
MARCELO GRIMBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Todos sabemos como é fácil criar
um site que contenha informação. Se tiver alguma audiência, então, é possível que, em pouco tempo, já seja localizável no Google, o
principal buscador da rede.
Pois bem, na China, segundo
maior país em quantidade de internautas (atrás apenas dos EUA), onde a rede tem sido considerada, em
parte, um método de luta contra o
governo, o Google e o Altavista foram bloqueados. Se o cara, agora,
tenta usar um desses sistemas, cai
em um portal com conteúdo testado e aprovado por autoridades cibernéticas chinesas.
Para piorar o, digamos, grau de
subversão do Google, ele tem um
"cache" -a memória que utiliza
para realizar as pesquisas- que pode ser visualizado. Na prática, se
não der para acessar o site da CNN,
por exemplo, pode-se ver um espelho dele sem sair do Google.
A iniciativa não é nova. Na Arábia
Saudita, são restritos milhares de sites que tratam de temas que vão de
religião a sexo, passando por saúde
e cultura pop. Cada país tenta preservar seus interesses do jeito que
acha melhor, mas talvez tapar os
olhos do povo não resolva muita
coisa por muito tempo. Uma coisa é
certa, no entanto. Impedir o uso de
mecanismos de busca é uma sacanagem quase tão grande quanto tirar a bengala de deficientes visuais.
E-mail -
walabibi@uol.com.br
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