São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2006

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8 música

Ídolo dos solinhos ensina os macetes

Para John Petrucci, que vem tocar no projeto G3 ao lado de Satriani e Johnson, jovem quer tocar para mostrar que é bom

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para John Petrucci, 39, é comum olhar para a platéia e ver adolescentes com os olhos grudados no que ele está fazendo no palco. "Sempre há inúmeros garotos nos meus shows e nos do Dream Theater, no mundo inteiro. Acho fantástico isso. O tipo de música que eu toco os atrai porque, se aprendem, vão mostrar para os outros que são bons", fala o guitarrista, em entrevista ao Folhateen.
Em dez dias, ele se apresenta no Brasil ao lado de Joe Satriani e Eric Johnson (leia ao lado).
Petrucci diz que recebe inúmeros pedidos para dar aula, e até aceita um ou outro aluno, de vez em quando, mas afirma não ter muito tempo para trabalhar como professor. Por conta disso, lançou o DVD-aula "Rock Discipline" e o livro-lição de casa "Wild Stringdom".
Da mesma forma que os adolescentes que tocam atualmente, o músico nova-iorquino conta que, quando começou a tocar, aos 12 anos, preferia ouvir a geração anterior à sua.
"Gostava principalmente do Alex Lifeson [do Rush] e do Steve Howe [ex-Yes], mas também ouvia outros, como Jimmy Page [Led Zeppelin] e Steve Morse [atualmente no Deep Purple]. Foram os que mais me influenciaram."
Poucas das novas bandas do rock americano e inglês o atraem. "O som normalmente não é bom, mas, às vezes, você ouve algo que chama a sua atenção", opina, citando o Chevelle, de Chicago, e o South, de Londres, como os grupos que mais gosta da nova geração.
Petrucci vem ao país com o baterista Mike Portnoy, seu colega no Dream Theater. "Nós nos divertimos muito no ano passado, quando tocamos no Brasil, e percebemos que o público também adorou. Espero que desta vez os fãs voltem para casa mais contentes ainda."
Para terminar, manda as regras básicas para os leitores do Folhateen que querem ser "guitar heroes". "Vocês têm que praticar sempre, todos os dias, por, no mínimo, seis horas. Com o tempo, deixem de imitar os outros guitarristas e criem sua própria música, mesmo que seja para se tornarem "session players" [músicos de estúdio]." (JOSÉ NORBERTO FLESCH)


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