UOL


São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

estante

Para entender o que rola na música de hoje entre um bate-estaca e outro

LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA

O poeta e tradutor José Paulo Paes (um cara que merece ser lido) usava uma imagem ótima: falava na "prosa dispersa" da vida real, que pode ser contrastada com a prosa da literatura. No cotidiano, as coisas vão acontecendo e a gente não sabe o quanto elas valem nem se vão permanecer ou se fazem sentido. Mas o tempo passa e vai-se encarregando de filtrá-las. Algumas ficam, cheias de significado, ao passo que outras dançam.
Aí chega uma jornalista com ótimo texto e mergulha no mundo dos DJs, cuja função é muito recente, coisa de uns 40 anos, no máximo. Sabe o que ela faz? Escreve "Todo DJ Já Sambou", ótimo lançamento, escrito por Cláudia Assef, com ilustrações e um caminhão de informações para entender o que se passa entre um bate-estaca e outro.
Cláudia faz a passagem entre a prosa dispersa da vida e a concentrada do livro: ela vai atrás de precursores, como Osvaldo Pereira, que, no fim dos anos 50, estava antenado na idéia de botar a moçada para dançar; e vai atrás de tudo o que significa esse misto de black music, juventude, música eletrônica para dançar e tudo o mais que acontece no planeta paralelo dos DJs no país.


Texto Anterior: Folhateen explica: 18 adolescentes desaparecem por dia em São Paulo
Próximo Texto: Orelha
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.