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Folhateen explica
18 adolescentes desaparecem por dia em São Paulo
Desaparecidos havia
dez dias, estudantes foram encontrados mortos
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DA REDAÇÃO
Na última terça-feira (11/11), o caso do desaparecimento do casal de estudantes Liana
Friedenbach, 16, e Felipe Silva Caffé, 19, teve,
após uma semana de buscas, o pior dos desfechos: ambos foram encontrados mortos
-ele, assassinado com um tiro na nuca, ela,
com 15 facadas. Os jovens haviam mentido
para os pais, dizendo que acampariam com
um grupo de amigos, mas foram sozinhos para um sítio abandonado no município de Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. A tragédia
engrossa as fileiras de adolescentes que desaparecem no Estado: uma média de 18 por dia,
entre 13 e 18 anos.
Alexandre Reis, coordenador da Rede Nacional de Identificação e Localização de
Crianças e Adolescentes Desaparecidos, afirma que esse fenômeno está ligado à falta de
estrutura familiar e à violência doméstica.
Uma pesquisa do Serviço de Prevenção e
Atenção ao Desaparecimento de Crianças e
Adolescentes revelou que 70% dos casos são
solucionados nos primeiros 30 dias (sendo
33% em 48 horas), principalmente com a volta espontânea dos jovens ao lar.
Ana Bock, presidente do Conselho Regional
de Psicologia de São Paulo, encara a mentira
de Felipe e Liana com "total naturalidade".
"Uma relação adequada entre pais e filhos
não é aquela em que se conta tudo", diz. Para
ela, os pais devem manter diálogo com os
adolescentes, mas isso "não evita mentiras".
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