São Paulo, segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

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Eric Clapton

THEA SEVERINO
DA REVISTA DA FOLHA

Eric Clapton gostava tanto de Beatles que roubou a namoradinha de George -chega a deixar o rei Roberto com inveja- e achou a garota de John estranha em um show em Toronto em 69. Arrebentava nas jams com o mago negro do texto ao lado.
Os manuscritos desse guitarrista sensacional se transformam em uma agradável leitura para as férias, incluindo histórias saborosas sobre o microfone que Mick Jagger carregava no bolso e o que Paul McCartney cantarolava ("Ovos mexidos/ Todos me chamam de ovos mexidos") enquanto não tinha letra para "Yesterday".
Eric Clapton revela suas memórias e traumas. Rejeitado pela mãe -o que prejudicou seus relacionamentos com as mulheres-, criado pelos avós, portanto mimado, expulso da escola de artes aos 16, desde pequeno se sentia diferente.
Sabe aquela ilusão juvenil de sermos grandes e realmente bons em algo? Na vida de Clapton, é a realidade.
A tríade sexo, drogas e rock'n'roll está presente todo o tempo. O sofrimento da perda do filho Conor, em 1991, os relacionamentos conturbados, os excessos que por duas vezes beiraram a morte e a luta contra os vícios estão bem relatados por ele próprio.
Para curtir mais, vale arrumar o CD que saiu com a mesma capa do livro e ler, enquanto ouve, a história de cada música.


A AUTOBIOGRAFIA
Eric Clapton
Editora Planeta
R$ 44,90
(400 págs.)


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