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estilo
Os tecnossexuais
Preocupação com a aparência e fascínio pela tecnologia
de última geração montam o perfil desse novo tipo de homem
ROBERTA SALOMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
N
a casa de André
Helal, 16, o computador fica conectado à internet o dia
todo. O estudante
maranhense tem Orkut, blog,
MSN e ama jogos eletrônicos.
Quando sai e se esquece do celular, quase enlouquece. Apesar de ser fascinado por tecnologia, ele está muito longe de
ser um nerd. André, que acha
importante ter estilo e ser vaidoso, é um perfeito tecnossexual, termo criado para definir
mais um novo tipo de homem.
O tecnossexual prefere fugir
dos excessos. Não tem nada
contra o homem que usa creme
no rosto e vai a salões de beleza,
mas prefere gastar dinheiro
com brinquedinhos tecnológicos. "Já tive seis aparelhos celulares e estou sempre de olho
nos lançamentos", conta o carioca Cayo Ribeiro, 18, que já
teve três perfis no Orkut com
mais de 2.000 amigos, a maioria virtual. "Cheguei a ficar dez
horas no PC, mas nem por isso
deixei de ir à academia."
Segundo o autor do novo termo, o físico e matemático americano Ricky Montalvo, o tecnossexual é objetivo quando
precisa comprar roupas, mas
não descuida da aparência nunca. Faz exercícios físicos com
freqüência e está sempre preocupado com a sua alimentação.
"Acho que o cuidado com a
estética é importante, mas não
pode virar uma obsessão", diz o
paulistano Marcus Galvão, 21.
E foi agindo assim que o jogador de futebol do Arsenal, Fredrik Ljungberg, virou o homem
da vez. Ex-modelo da Calvin
Klein, o sueco é o típico tecnossexual. Tem celular de última
geração e carrega seu iPod aonde vai -até a concentração.
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