São Paulo, segunda-feira, 18 de junho de 2007

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estilo

Os tecnossexuais

Preocupação com a aparência e fascínio pela tecnologia de última geração montam o perfil desse novo tipo de homem

ROBERTA SALOMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

N a casa de André Helal, 16, o computador fica conectado à internet o dia todo. O estudante maranhense tem Orkut, blog, MSN e ama jogos eletrônicos. Quando sai e se esquece do celular, quase enlouquece. Apesar de ser fascinado por tecnologia, ele está muito longe de ser um nerd. André, que acha importante ter estilo e ser vaidoso, é um perfeito tecnossexual, termo criado para definir mais um novo tipo de homem.
O tecnossexual prefere fugir dos excessos. Não tem nada contra o homem que usa creme no rosto e vai a salões de beleza, mas prefere gastar dinheiro com brinquedinhos tecnológicos. "Já tive seis aparelhos celulares e estou sempre de olho nos lançamentos", conta o carioca Cayo Ribeiro, 18, que já teve três perfis no Orkut com mais de 2.000 amigos, a maioria virtual. "Cheguei a ficar dez horas no PC, mas nem por isso deixei de ir à academia."
Segundo o autor do novo termo, o físico e matemático americano Ricky Montalvo, o tecnossexual é objetivo quando precisa comprar roupas, mas não descuida da aparência nunca. Faz exercícios físicos com freqüência e está sempre preocupado com a sua alimentação.
"Acho que o cuidado com a estética é importante, mas não pode virar uma obsessão", diz o paulistano Marcus Galvão, 21.
E foi agindo assim que o jogador de futebol do Arsenal, Fredrik Ljungberg, virou o homem da vez. Ex-modelo da Calvin Klein, o sueco é o típico tecnossexual. Tem celular de última geração e carrega seu iPod aonde vai -até a concentração.


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