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CINEMA
Tubarões de verdade metem muito medo em "Mar Aberto", filme de horror que estréia no próximo dia 22; ao lado, confira o quanto você conhece sobre o cinema e os mares
Medo profundo
Divulgação
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O casal Daniel (Daniel Travis) e Susan (Blanchard Ryan) perdidos entre tubarões em "Mar Aberto", que estréia no dia 22 |
SYLVIA COLOMBO
EDITORA DO FOLHATEEN
Lembra da agonia dos personagens
de "A Bruxa de Blair" (1999), perdidos na floresta, sem saber para que
direção seguir? Agora imagine essa mesma
sensação de desorientação, angústia e desespero, só que no meio do oceano e... num
lugar cheio de tubarões.
Em "Mar Aberto" (Chris Kentis), que estréia no dia 22, você vai, sim, sentir muito
medo. Esse filme de horror e suspense é baseado em uma história real sobre dois mergulhadores que passaram dias perdidos à
deriva. As imagens têm jeitão de filme caseiro, daqueles vídeos de férias familiares
mesmo. Mas o que elas mostram é de deixar qualquer um de cabelos em pé.
Daniel e Susan são um casal de americanos loiros e lindos. Cansados do dia-a-dia,
parecem meio aborrecidos com o casamento. O sexo já não rola mais, e os dois
não desgrudam do celular, preocupados
com o trabalho. Decidem, então, tirar férias
e rumam para uma ilha caribenha.
Lá, saem para mergulhar com um grupo.
Tudo parece muito seguro em princípio, há
instrutores, cuidados com os procedimentos e equipamento para todos. Até que, ao
voltar à superfície depois de um mergulho,
Daniel e Susan não vêem mais o barco,
nem os outros mergulhadores. Nem mais
nada. Só há oceano para todos os lados.
No começo, não ficamos sabendo o que
aconteceu quando o barco voltou à terra
firme. Se a ausência do casal foi notada por
alguém ou se já há equipes de busca à sua
procura. Ficamos perdidos no meio do mar
junto com os dois.
No começo eles mantêm a calma. Brincam de quiz sobre cinema (mais ou menos
como esse aí ao lado), fazem piadas nervosas sobre o casamento, a sogra etc. Até que
surgem os primeiros tubarões -foram
usados animais de verdade nas filmagens- e, com eles, o terror de não saber o
que mais pode haver ali. "Não sei se é melhor vê-los ou NÃO vê-los", diz Susan.
Há sustos repentinos, como o momento
em que os dois adormecem e acordam separados vários metros um do outro, mas o
que prevalece é uma sensação de agonia
constante. Se você já viu "Tubarão" (1975),
sabe mais ou menos do que falo.
Quando os tubarões começam efetivamente a atacá-los, todo o espírito de "calma, meu amor" vai literalmente por água
abaixo e começa uma inusitada, mas típica,
briga de casal, com a única diferença de
que, aqui, a mulher não pode mandar o
marido dormir no sofá. "De quem foi a
idéia dessas férias?", "eu preferia ter ido esquiar", "você sempre deixa as coisas para a
última hora, por isso perdemos o barco".
Os corpos vão sendo destruídos, aos poucos, por mordidas de tubarão, sede e náuseas. Ao mesmo tempo, vemos o medo desmontar as personalidades. É claro que não
vou lhe contar como a história acaba. Basta
dizer que, com mais meia hora de suspense
assim, era a platéia quem teria de clamar
por uma equipe de resgate.
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