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ESTANTE
História do gênero musical que combinou as matrizes culturais do Brasil
LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA
Nem sempre os brasileiros têm consciência das riquezas disponíveis nas redondezas. Daquelas que basta estender a mão e apanhar. Estamos falando de riqueza cultural.
Tome o caso do choro, o estilo musical. Inventado há uns cem anos, ele foi uma espécie de ponto de convergência de várias matrizes culturais que trilhavam caminhos paralelos no Brasil: as músicas européias tocadas nos salões, as músicas executadas pelas várias bandas marciais por virtuoses nascidos da pobreza nacional, os sons ainda sem nome produzidos nos terreiros religiosos afro-brasileiros. De repente, tudo isso entra em comunicação, como se alguém tivesse acendido a espoleta da bomba. Alguém que se chamava Chiquinha Gonzaga, ou Pixinguinha, ou Ernesto Nazareth. E nasceu o choro.
Gênero ligado ao improviso, tocado por gente talentosa, o choro tem uma história tão linda quanto desconhecida. Então compre o imperdível "Almanaque do Choro", de André Diniz. Historiador e amante do chorinho, ele conseguiu a proeza de contar agradavelmente a bela história do gênero e de oferecer um roteiro para quem quiser se iniciar em seus mistérios.
"Almanaque do Choro"
Autor: André Diniz
Editora: Jorge Zahar
Contato: 0/xx/21/2218-3700
Quanto: R$ 22,50
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