São Paulo, segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Aula de hip-hop vai além do visual

Oficinas ensinam música e mandamentos

MAYRA MALDJIAN
DE SÃO PAULO

Quando o hip-hop nasceu, nos guetos norte-americanos da década de 70, deram a ele o sobrenome "atitude".
Cabelo black power, calça larga, tênis Nike, gíria na ponta da língua, pose de mano. O estilo natural de quem vivia essa cultura começou a ser copiado por quem se identificava com ela.
"É natural um jovem assistir a um videoclipe e querer se vestir como o artista. É uma forma de fazer parte daquela tribo", explica Nelson Triunfo, chefe de cultura da Casa do Hip-Hop de Diadema (SP) e um dos fundadores do movimento no Brasil.
Mas nada disso basta se a sua contribuição ao movimento for apenas visual.
"Acho "style" quem se veste assim, mas hip-hop é mais que isso", explica João Pedro, 14, aluno da oficina de DJ do centro cultural.
Fã de Racionais MCs, aprendeu a gostar de rap com os primos. "Mas eu também ouço Black Eyed Peas, David Guetta e Shakira", enumera, sem titubear.
"A ideia é abrir a mente do jovem. Ele pode curtir a Beyoncé, o Luiz Gonzaga... O importante é navegar pela diversidade cultural e não deixar que os outros carimbem você", explica Nelson.
Por isso, o quinto e mais prezado elemento do hip-hop é o conhecimento. Sem ele, dizem, a arte da discotecagem, da dança, da rima e do grafite se tornam vazias.
Há 11 anos, a Casa do Hip-Hop (tel. 0/xx/11/4075-3792) oferece oficinas gratuitas e ainda mantém um centro de estudos sobre essa cultura.


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