São Paulo, segunda-feira, 20 de julho de 2009

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Adolescentes enchem as salas, mas não as telas

DA REPORTAGEM LOCAL

Até o fim do verão, também estreiam uma versão brasileira de "High School Musical" e "Besouro", filme de capoeira que deve agradar ao público adolescente.
Mas a sequência de filmes nacionais para essa plateia é rara, apesar de os jovens de 12 a 18 anos serem 26% dos frequentadores de cinema no Brasil, segundo pesquisa de 2006, feita para o SEDCMRJ (Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro).
"Tem bastante filme para adolescente, mas só americanos", diz Laís Bodanzky, diretora de "As Melhores Coisas...".
Na pesquisa para o filme, os jovens entrevistados disseram que assistem aos filmes teens americanos, do tipo "American Pie", e que até gostam, mas não se identificam com eles.
"Quando perguntamos se devíamos fazer um filme como esses, eles disseram: "Não. Façam um do jeito que somos, porque os americanos não tem nada a ver com a gente"."
Mas se os adolescente enchem tanto as salas, porque os produtores brasileiros não investem nesse público?
"Porque eles ainda não descobriram o filão", diz Jorge Peregrino, presidente do SEDCMRJ, citando o exemplo das comédias românticas.
Ele observa que, depois do sucesso de "Se Eu Fosse Você", foram feitos "Divã" e "A Mulher Invisível", que também deram certo. "E agora você pode esperar mais um ano e meio de comédias românticas", diz.
O problema, para ele, é descobrir do que o adolescente gosta. "Mas, se encontrarem a fórmula, se algum desses filmes der certo, o filão engrena."


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