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Adolescentes enchem as salas, mas não as telas
DA REPORTAGEM LOCAL
Até o fim do verão, também estreiam uma versão brasileira de "High
School Musical" e "Besouro",
filme de capoeira que deve
agradar ao público adolescente.
Mas a sequência de filmes
nacionais para essa plateia é rara, apesar de os jovens de 12 a 18
anos serem 26% dos frequentadores de cinema no Brasil, segundo pesquisa de 2006, feita
para o SEDCMRJ (Sindicato
das Empresas Distribuidoras
Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro).
"Tem bastante filme para
adolescente, mas só americanos", diz Laís Bodanzky, diretora de "As Melhores Coisas...".
Na pesquisa para o filme, os
jovens entrevistados disseram
que assistem aos filmes teens
americanos, do tipo "American
Pie", e que até gostam, mas não
se identificam com eles.
"Quando perguntamos se devíamos fazer um filme como esses, eles disseram: "Não. Façam
um do jeito que somos, porque
os americanos não tem nada a
ver com a gente"."
Mas se os adolescente enchem tanto as salas, porque os
produtores brasileiros não investem nesse público?
"Porque eles ainda não descobriram o filão", diz Jorge Peregrino, presidente do
SEDCMRJ, citando o exemplo
das comédias românticas.
Ele observa que, depois do
sucesso de "Se Eu Fosse Você",
foram feitos "Divã" e "A Mulher Invisível", que também deram certo. "E agora você pode
esperar mais um ano e meio de
comédias românticas", diz.
O problema, para ele, é descobrir do que o adolescente
gosta. "Mas, se encontrarem a
fórmula, se algum desses filmes
der certo, o filão engrena."
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