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ESPORTE
Quero ser Galvão
Adolescentes gaúchos treinados em videogame
se destacam em reality de narração, de futebol
DA REPORTAGEM LOCAL
De tanto assistir a eventos
esportivos na TV, muitos jovens sonham em se
tornar jogadores de futebol, de
vôlei, pilotos de Fórmula 1 etc.
Mas também há quem se identifique com os narradores.
É o caso de Eduardo Costa,
18, de Uruguaiana (RS), e Maurício Trilha, 17, de Porto Alegre
(RS). Eles se inscreveram num
concurso/reality show de narradores do canal Esporte Interativo (esporteinterativo.com.br) e se tornaram dois
dos oito finalistas, entre mais
de 300 candidatos.
Além da pouca idade e da
paixão pelo ofício, os dois têm
em comum o fato de não terem
nenhuma experiência em narrações profissionais.
"Sempre narrei jogos de futebol em videogame enquanto
meus amigos jogavam", diz
Maurício, que chegou a vencer
um concurso de narração da
Rádio Gaúcha.
Eduardo também narrava
futebol de botão e jogos ao vivo,
com o comentário de outros
amigos, via Skype. Gravando
tudo. E quem assistia?
"Ninguém. Era mais por diversão mesmo", explica. Alguns trechos podem ser vistos
e ouvidos no perfil "narracaoe
duardo", no YouTube.
A fase final da disputa é um
mata-mata -cada concorrente
narra um tempo de um jogo, os
internautas assistem e escolhem quem sai. O sobrevivente
passa para a fase seguinte, e o
vencedor da grande final será
contratado pelo canal.
Maurício Trilha foi eliminado nas semifinais. Agora quer
fazer vestibular para jornalismo e trabalhar numa rádio.
Já Eduardo se saiu melhor.
Eliminou Rafael Mainini, 29,
que já é narrador profissional
em uma rádio de Bauru (SP).
"Quem sabe não consigo emprego sem precisar nem fazer
vestibular?", diz o concorrente,
que afirma não seguir a escola
Galvão Bueno de narração.
"Gosto mais do Cleber Machado, do Luciano do Valle. O
Galvão é insuperável como
narrador, mas, quando resolve
comentar, não dá certo."
(TA)
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