ROLOU UM fato chocante há alguns dias. Vazou uma conversa on-line do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, sobre a privacidade dos usuários do site.
A conversa é de 2006, quando o site estava sendo criado. O conteúdo é tão brutal que merece ser transcrito na íntegra e traduzido:
ZUCK: É, então, se você precisar de informações sobre qualquer pessoa de Harvard...
ZUCK: É só pedir.
ZUCK: Eu tenho mais de 4.000 e-mails, fotos, endereços, SNS...
AMIGO: O quê!? Como você conseguiu isso?
ZUCK: As pessoas colocaram no site...
ZUCK: Não sei por quê...
ZUCK: Elas "confiam em mim".
ZUCK: Retardados idiotas (o original é "dumb fucks")...
AMIGO: E você já decidiu o que vai fazer com o site?
ZUCK: Já, eu vou f**** com eles.
ZUCK: Provavelmente no "ano" (o original é "probably in the year")...
ZUCK: *unda (o original é *ear).
É claro que as pessoas dizem coisas pela internet que não diriam em público. E é claro também que o Facebook estava dando os primeiros passos naquele momento. Mas nada disso diminui a gravidade da ideia de Mark Zuckerberg sobre a privacidade dos outros.
Afinal, ele não só debocha de quem confia nele como diz que passaria informações dos seus próprios colegas de universidade, pessoas com quem estudava. Imagine então o que faria com desconhecidos.
Enquanto isso, um grupo de jovens está trabalhando em uma nova rede social, a Diaspora (bit.ly/c657AL).
A ideia é criar uma alternativa ao Facebook, em que a privacidade não só seja levada a sério mas os dados dos usuário sejam sempre controlados por ele.
É um projeto ambicioso: reinventar as redes sociais de maneira descentralizada, dando o controle para as pessoas, e não para um site.
Hoje estou no Facebook. Mas, assim que o ônibus da Diaspora partir, vou junto.