São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

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internet

Assim escreve a humanidade

Muito mais instantâneo que os blogs, o site Twitter abriga pequenas notícias da vida cotidiana dos usuários

ROBERTA SALOMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fim de tarde de uma sexta-feira de janeiro. Enquanto Pietro está comendo uma maçã em casa, Juliana conta os minutos para o fim de mais um dia de trabalho. Dani se irrita com uma amiga que desiste da balada, e Fabio faz planos para o carnaval. Os quatro moram em cidades diferentes e não se conhecem pessoalmente. Mas, se quiserem, podem saber, minuto a minuto, o que cada um deles está fazendo.
Mágica? Não, isso acontece porque eles -e outras milhares de pessoas em todo mundo- estão conectadas ao Twitter, um site que está começando a ficar conhecido no Brasil. Do celular ou do computador, os participantes podem contar com detalhes a sua rotina.
"Já cheguei a levantar no meio da noite com um pesadelo sinistro e correr para o computador para escrever. O Twitter é meu amigo inseparável, meu diário virtual", conta Mônica Caroline, 15, que participa do site há quatro meses e que já perdeu as contas das vezes que atualizou suas informações num mesmo dia.
O paulista Pietro Brugnera, mantém duas páginas no site, coleciona novos amigos e aposta na popularidade do Twitter. "É simples e fácil. Basta um só clique e seus amigos já têm notícias suas", diz o estudante de 16 anos.
Criado em 2006 na Califórnia, Estados Unidos, o site, além de brasileiros, reúne, principalmente, americanos, canadenses e japoneses. O número de usuários está bem longe do Orkut, que é de 50 milhões, mas há quem aposte que ele pode chegar perto disso em breve.
"Nossos planos são de continuar desenvolvendo um espaço para o serviço de mensagens e um lugar único para pessoas espertas e criativas", promete Biz Stone, co-fundador do Twitter, em entrevista ao Folhateen.
A estudante de administração Marina Curi, 18, não entende porque os seus amigos gostam tanto do Twitter. "Será que tem tanta gente interessada mesmo no que faço ou deixo de fazer? Acho esse site um dos mais invasivos de todos", critica ela.
O paulista Adriano Camargo mantém uma página no site há um ano, mas raramente entra lá. "Isso, na minha opinião, é para quem realmente é muito anti-social", diz. "Ou para quem não tem o que fazer".


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