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internet
Assim escreve a humanidade
Muito mais instantâneo que os blogs, o site Twitter abriga pequenas notícias da vida cotidiana dos usuários
ROBERTA SALOMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Fim de tarde de uma
sexta-feira de janeiro. Enquanto Pietro
está comendo uma
maçã em casa, Juliana conta os minutos para o fim
de mais um dia de trabalho. Dani se irrita com uma amiga que
desiste da balada, e Fabio faz
planos para o carnaval. Os quatro moram em cidades diferentes e não se conhecem pessoalmente. Mas, se quiserem, podem saber, minuto a minuto, o
que cada um deles está fazendo.
Mágica? Não, isso acontece
porque eles -e outras milhares
de pessoas em todo mundo-
estão conectadas ao Twitter,
um site que está começando a
ficar conhecido no Brasil. Do
celular ou do computador, os
participantes podem contar
com detalhes a sua rotina.
"Já cheguei a levantar no
meio da noite com um pesadelo
sinistro e correr para o computador para escrever. O Twitter é
meu amigo inseparável, meu
diário virtual", conta Mônica
Caroline, 15, que participa do
site há quatro meses e que já
perdeu as contas das vezes que
atualizou suas informações
num mesmo dia.
O paulista Pietro Brugnera,
mantém duas páginas no site,
coleciona novos amigos e aposta na popularidade do Twitter.
"É simples e fácil. Basta um só
clique e seus amigos já têm notícias suas", diz o estudante de
16 anos.
Criado em 2006 na Califórnia, Estados Unidos, o site,
além de brasileiros, reúne,
principalmente, americanos,
canadenses e japoneses. O número de usuários está bem longe do Orkut, que é de 50 milhões, mas há quem aposte que
ele pode chegar perto disso em
breve.
"Nossos planos são de continuar desenvolvendo um espaço
para o serviço de mensagens e
um lugar único para pessoas espertas e criativas", promete Biz
Stone, co-fundador do Twitter,
em entrevista ao Folhateen.
A estudante de administração Marina Curi, 18, não entende porque os seus amigos gostam tanto do Twitter. "Será
que tem tanta gente interessada mesmo no que faço ou deixo
de fazer? Acho esse site um dos
mais invasivos de todos", critica ela.
O paulista Adriano Camargo
mantém uma página no site há
um ano, mas raramente entra
lá. "Isso, na minha opinião, é
para quem realmente é muito
anti-social", diz. "Ou para
quem não tem o que fazer".
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