São Paulo, segunda-feira, 21 de março de 2011 |
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ESCUTA AQUI ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR - cby2k@uol.com.br Para Bethânia e MinC, ainda vivemos no séc. 20 AINDA ESTOU tentando entender o escândalo do blog da Maria Bethânia. Para quem perdeu, é o seguinte: Bethânia conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,3 milhão. Objetivo: fazer um blog, em que ela leria poesias, uma por dia, em vídeos. Para que ajuda estatal para um projeto tão caído, eis o mistério. A primeira conclusão óbvia é que se trata de um típico fenômeno das antigas. Artista longe do auge descola boquinha do governo. Total século 20. Seguindo com o raciocínio lógico, o escândalo Bethânia encaixa-se perfeitamente no esquema na nova gestão do Ministério da Cultura, agora capitaneado pela velha sambista Ana de Hollanda. Mas... Alto lá! Quem vai chefiar o site da Bethânia? Hermano Vianna. Complicou tudo. Vianna é um nome ligado umbilicalmente às gestões anteriores do MinC, de Gilberto Gil e Juca Ferreira. Junto com Ronaldo Lemos, meu vizinho de Folhateen, é um dos principais formuladores da política que Gil implementou -defesa do software livre, de uma visão libertária do direito autoral, da valorização da cultura digital. Lemos também dirige o Creative Commons, a ONG que combate a visão tradicional de direito autoral e que estava aninhada no MinC e foi botada para correr pela nova ministra. Confusão total! Aparentemente, um determinado grupo foi desalojado do MinC. Mas aí o guru desse grupo reaparece à frente de um projeto que tem o aval da atual gestão. Parece que, na real, muito pouco mudou no Ministério da Cultura. De certezas, só mesmo que o século 21 parece o 20, os jovens parecem velhos, e os velhos, mais velhos ainda. Que derrota. OUÇA ON-LINE "Thom Yorke e Burial", Esses não rapinaram o governo e valem mais de um milhão: is.gd/iDVeaK DELETE Projeto da Bethânia Para quem achava que era mentira, está aqui: is.gd/rvFNDN . Vomitivo DELETE Analistas parciais Se vai escrever sobre algo em que está envolvido, deixe claro seu envolvimento Texto Anterior: Mostra conta a história do estêncil paulista Próximo Texto: A morte do rock no dial Índice | Comunicar Erros |
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