São Paulo, segunda-feira, 21 de maio de 2007

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02 Neurônio

>>Jô Hallack >> Nina Lemos >>Raq Affonso - 02neuronio@uol.com.br

As moças e o Brasileirão

Ah, entendi: Libertadores é tipo uma minicopa do mundo e Brasileirão é tipo uma Copa do Brasil, mas não é "a" Copa do Brasil

O FUTEBOL é uma coisa estranha na vida de meninas. Nunca gostamos muito do esporte (apesar de a maioria do "02 Neurônio" torcer para o Fluminense). Mas a real é que sempre tivemos uma relação de amor e ódio com o esporte. Quando éramos da sua idade, sofríamos com medo de levar bolada ao assistirmos aos bonitões da escola jogando bola. Tem algo mais humilhante do que levar uma bolada na frente dos meninos mais bonitos? Uma de nós, um pouco mais ousada, era a goleira do time das meninas. E uma vez estourou o pulso fazendo uma linda defesa.
Hoje, continuamos com medo de levar bolada em lugares onde tenha bola, tipo a praia. E vemos nossa vida sendo invadida por causa de tantos jogos de futebol! E, sim, isso deve estar acontecendo com você também. Uma de nós, que namora um torcedor fanático do Sport Recife, explica: "É que o campeonato estadual acabou faz pouco tempo e agora temos o Brasileirão e a Libertadores ao mesmo tempo, além das finais da Copa do Brasil". Isso sem falar nos jogos do Barcelona, na Copa de Pelada em Ponta Porã e no Campeonato Indígena.
Resultado: festas desmarcadas por causa de jogos! Sim, o que fazer quando você marca uma festinha com um grupo de amigos e, entre eles, existe um gremista descontrolado que não pode perder um jogo importante do Brasileirão? E um santista, que tem que ver uma partida da Libertadores? Até tentamos manter a festinha. Isso nos sujeitando a assistir a DOIS jogos de futebol. Mas não. O santista só assiste ao jogo em casa, porque tem uma mandinga de ver sempre com a mesma roupa. "Um trapo furado", explica o próprio.
Quem tem namorado sofredor sofre ainda mais nesses dias de dois campeonatos. Ouve até disputa de pênaltis de time pernambucano em uma rádio da internet! Uma coisa tensa. O mais difícil é ter que consolar depois... Também assistimos a mesa-redonda em nome do amor... Nos apegamos ao time do pretê... Passamos a entender das regras... Pior é quando o romance acaba: adquirimos uma espécie de ódio mortal ao time do rapaz. Sofremos só de ver um passante na rua com uma camisa com aquele escudo que você tinha aprendido a gostar.
Não estamos reclamando. Adoramos os homens. Mesmo os torcedores. E achamos toda essa loucura futebolística... uma fofura!


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