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02 Neurônio
>>Jô Hallack >> Nina Lemos >>Raq Affonso - 02neuronio@uol.com.br
As moças e o Brasileirão
Ah, entendi: Libertadores é tipo uma minicopa do mundo e Brasileirão é tipo uma Copa do Brasil, mas não é "a" Copa do Brasil
O FUTEBOL é uma coisa estranha na vida
de meninas. Nunca gostamos muito do
esporte (apesar de a maioria do "02
Neurônio" torcer para o Fluminense). Mas a
real é que sempre tivemos uma relação de
amor e ódio com o esporte. Quando éramos da
sua idade, sofríamos com medo de levar bolada
ao assistirmos aos bonitões da escola jogando
bola. Tem algo mais humilhante do que levar
uma bolada na frente dos meninos mais bonitos? Uma de nós, um pouco mais ousada, era a goleira do time das meninas. E
uma vez estourou o pulso
fazendo uma linda defesa.
Hoje, continuamos com
medo de levar bolada em
lugares onde tenha bola, tipo a praia. E vemos nossa
vida sendo invadida por
causa de tantos jogos de futebol! E, sim, isso deve estar acontecendo com você
também. Uma de nós, que
namora um torcedor fanático do Sport Recife, explica: "É que o campeonato
estadual acabou faz pouco tempo e agora temos o Brasileirão e a Libertadores ao mesmo tempo, além das finais da
Copa do Brasil". Isso sem falar nos jogos do Barcelona, na
Copa de Pelada em Ponta Porã e no Campeonato Indígena.
Resultado: festas desmarcadas por causa de jogos! Sim, o
que fazer quando você marca uma festinha com um grupo
de amigos e, entre eles, existe um gremista descontrolado
que não pode perder um jogo importante do Brasileirão? E
um santista, que tem que ver uma partida da Libertadores?
Até tentamos manter a festinha. Isso nos sujeitando a assistir a DOIS jogos de futebol. Mas não. O santista só assiste ao
jogo em casa, porque tem uma mandinga de ver sempre
com a mesma roupa. "Um trapo furado", explica o próprio.
Quem tem namorado sofredor sofre ainda mais nesses
dias de dois campeonatos. Ouve até disputa de pênaltis de
time pernambucano em uma rádio da internet! Uma coisa
tensa. O mais difícil é ter que consolar depois... Também assistimos a mesa-redonda em nome do amor... Nos apegamos ao time do pretê... Passamos a entender das regras...
Pior é quando o romance acaba: adquirimos uma espécie de
ódio mortal ao time do rapaz. Sofremos só de ver um passante na rua com uma camisa com aquele escudo que você
tinha aprendido a gostar.
Não estamos reclamando. Adoramos os homens. Mesmo
os torcedores. E achamos toda essa loucura futebolística...
uma fofura!
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