Jovens aprovados em teste acompanhado pelo Folhateen estreiam em superprodução musical

TARSO ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em julho do ano passado, eles disputavam com centenas de adolescentes vagas no musical "O Rei e Eu", em testes que o Folhateen acompanhou.
Sete meses depois, eles estão prestes a estrear no Teatro Alfa, em São Paulo, no próximo sábado, em um lugar para 1.100 pessoas.
Júlio Oliveira, 20, é o mais velho e experiente do elenco jovem -no total, a peça tem quase 60 atores.
Ele faz o papel do príncipe herdeiro na história de uma professora de inglês que faz o rei do Sião -a Tailândia do século 19-, suas esposas e filhos reverem seus conceitos sobre temas como escravidão, política e amor.
O último teste de Júlio antes de conquistar o papel foi com outros dez atores.
"Fiquei com medo, porque só tinha gente muito boa na sala", diz Júlio.
Depois de conseguir o papel, ele entrou numa rotina puxada, com ensaios diários desde dezembro. "A gente entra para fazer uma grande diversão, mas assume uma grande responsabilidade."
Quando entrar em cartaz, o musical terá seis apresentações por semana -aos sábados e aos domingos as sessões são duplas.
Os mais novos do elenco, que ainda não terminaram a escola, dividem seus papéis de filhos do rei com um colega: cada um faz uma apresentação. Mas eles também não têm descanso.
Além de ensaiar quatro vezes por semana cerca de quatro horas por dia, Larissa Murai, 14, faz ginástica olímpica, street dance, balé, inglês e canto.
Isabel Lima, 13, tem uma rotina parecida e acha tranquilo. "Ninguém está me obrigando. Se fosse alguma coisa de que eu não gosto..."
Para João Victor Pereira, 13, que vive sua primeira experiência profissional, o esforço compensa.
"É puxado, mexeu bastante na rotina. Mas quando a gente vê o que está fazendo é muito gostoso." Ele só não sabe ainda é o que vai fazer com o primeiro salário. "Por enquanto, vou guardar."