São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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Álvaro Pereira Júnior - cby2k@uol.com.br

Mais inglês para indies

Foi tanto e-mail, tanta gente (gente é modo de dizer) possessa na internet com a coluna da semana passada, que fui obrigado: hoje tem, de novo, aulinha de inglês para indies!
Vamos começar com o ídolo de tantos indiezinhos -o bardo canadense Leonard Cohen. Lamento informar, mas o nome dele se fala Lénard. Não se pronuncia o "o". Não é Líonard, nem Léonard: é Lénard. E o sobrenome é Côuen, não Cóen.
Mais um semideus indie: o grafiteiro inglês Banksy. É Bénkzi, beleza? Nada de Bénkci.
Outra palavra que, no Brasil, se fala muito errado: "territory". Um amigo professor de inglês diz que nove em cada dez alunos, sabe-se lá por que, dizem "terrítori", em vez de "térritóri", que é o certo.
A banda nova do Dave Grohl e do Josh Homme também é vítima: Them Crooked Vultures. É "crúkt", falou? E não "crúkedji", como se diz no baixo Augusta e em pocilgas indies em geral.
Falando em baixo Augusta, lembrei-me do som superurbano do músico londrino Burial. Nesse, já ouvi de tudo: "bíurial", "buriál". Nada disso: é "bérial". Soa estranho, mas é. Vai por mim.
E não vá pensando que isso é frescura. Você sabe o grau de exigência que nós temos com o português dos gringos. Se o cara baixa aqui com sotaque forte, dizendo "o" mesa e "a" carro, coitado dele.
Já na hora de falar a língua dos caras, a gente pensa que é só caprichar na pose e mandar de qualquer jeito. Aí eu acho que não tem perdão, principalmente para esse povo que paga de moderno.
Se algum desses aí se sentiu atingido pela coluna da semana passada, beleza: era essa a ideia.


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