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Grupo pede transporte gratuito
DA REPORTAGEM LOCAL
O Movimento Passe Livre reúne muitos simpatizantes e integrantes de coletivos anarquistas. Formado por estudantes secundaristas e universitários, o MPL
quer tornar o transporte público gratuito para os estudantes.
Com grupos espalhados em vários
Estados do país, o MPL se diz apartidário, horizontal e autônomo.
Oficialmente, ele existe há um ano,
e foi fundado durante o Fórum Social
Mundial, em Porto Alegre, reunindo
vários comitês regionais que discutiam o transporte público.
A história do grupo começou em
Florianópolis, em 2004, e teve como
origem um anúncio de aumento na
tarifa do ônibus. Na ocasião, um grupo de estudantes foi para as ruas protestar contra a decisão e a manifestação ganhou adesão popular, fazendo
o governo rever sua decisão.
Desde então, começaram a pipocar
em outros Estados grupos de estudantes reivindicando a gratuidade
do transporte público.
Em São Paulo, o primeiro comitê
foi montado há cerca de um ano e
meio, mas ainda não decolou, na
opinião dos próprios militantes.
"Em São Paulo a gente tem muita
dificuldade de mobilização, por conta da questão geográfica. É uma cidade muito grande", diz a estudante de
história Monique Felix, 19.
Para atrair mais pessoas, os integrantes do grupo realizam palestras
em escolas públicas.
Eles têm também um grupo de bateria, cuja intenção é animar as manifestações com batucadas. "A gente
quer buscar pessoas que nunca participaram de nada e mostrar que elas
podem se organizar", diz o estudante
Victor Khaled, 19.
Em julho, será realizado em São
Paulo o terceiro encontro nacional
do MPL, reunindo representantes
dos vários Estados que participam
do movimento.
(LC)
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