São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2005

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MÚSICA

Dupla israelense de psytrance Skazi lança DVD ao vivo

O Metallica encontra o Prodigy

VITOR ANGELO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pense na banda Metallica. Agora imagine a insanidade eletrônica do Prodigy. Os dois grupos são muito diferentes entre si, mas influenciaram diretamente o projeto de psytrance Skazi, dos israelenses Asher Swissa, 29, e Assaf Bibass, 30, que lançaram mundialmente no dia 18 de outubro o DVD "Hit'n Run World Tour - Part 1" e preparam uma grande comemoração no dia 5 de novembro, em uma festa no interior de São Paulo.
Com bateria, dois teclados e guitarra misturada com batidas aceleradas e com sonoridade psicodélica, o Skazi não se apresenta para platéias menores que 10 mil pessoas.
O DVD, gravado entre 2004 e 2005, mostra o "live PA" do projeto por países como Japão, México, Rússia, Brasil e Israel.
"Foi um processo de oito meses gravando tudo o que acontecia nos shows. Tínhamos uma equipe de câmeras conosco. Foi pesado no começo conseguir usar a câmera o tempo todo, mas fizemos um trabalho insano", diz Asher Swissa, o mentor do projeto, em entrevista ao Folhateen.
O sucesso da mistura de sons pesados -tanto do rock como da música eletrônica- tem feito do psytrance e, mais precisamente, do Skazi sucesso entre adolescentes.
Asher acredita que a popularidade do gênero vem porque "uma nova geração de músicos marca um novo tempo mixando eletrônico e rock e agrada muito mais aos adolescentes que sempre querem ouvir novidades".
Aliás, Asher, na adolescência, já teve uma banda de heavy metal chamada "Punk Breast Cancer", mas decidiu deixá-la para seguir caminhos mais audaciosos.
Agora define seu estilo como "trance core rock skazi style" e afirma que o projeto de psy que mais adora é o Infected Mushroom, um dos pilares do movimento psy, também de origem israelita. A adoração pelos caras do Infected Mushroom é tanta que o Skazi remixou o hit "I Wish".
Em Israel, Asher é famoso também por ter um selo respeitado pelos "tranceiros", o Chemical Crew. Ele afirma que a cena psy- trance no país dele "é grande e popular e tem crescido muito nos últimos anos, com sucessos tocando em rádios comerciais".
Apesar de Israel ter conflitos com os palestinos e os riscos de atentados terroristas, o músico acredita que as festas são melhores e mais loucas por lá. Mas também confia no movimento psy do Brasil: "Acho que aí a cena é muito promissora".
A festa XXXPerience (www.xxxperience .com.br), no próximo dia 5, não será a primeira vez que o Skazi toca no país. As duas últimas vezes em que a dupla pisou no Brasil, tocou para mais de 15 mil pessoas.


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