São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011 |
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Vida real também tem combate de robôs RICARDO MIOTO EDITOR-ASSISTENTE DA ILUSTRADA Se você pensa em ser engenheiro mecânico ou eletrônico, vai adorar a Besta. Quando esse robô luta, joga o oponente a metros de distância -você nunca viu um boxeador conseguir isso, viu? Criado pela equipe Uai!rrior, de alunos da Universidade Federal de Itajubá, ele é do tipo "motosserra". "Queríamos um nome que causasse medo, intimidasse o adversário", diz Álvaro Santiago, 24, que é lider da equipe e está no quinto ano de engenharia de controle e automação. A Besta é tão bestial que, em uma competição nos EUA, conseguiu quebrar o vidro que separa a torcida do ringue ao atirar um adversário contra ele. Sim, você leu direito: tem ringue, tem lutas internacionais, tem torcida (veja a foto abaixo), tem patrocínio. Um robô assim custa caro: a Besta, com cerca de 50 kg, custou R$ 20 mil, por exemplo. Outras equipes do país, como a Thunderatz (da Poli-USP) e a RioBotz (da PUC-Rio), gastam valores parecidos para participar de campeonatos aqui e no exterior. O dinheiro vem, em geral, de patrocionadores da área de engenharia. O aprendizado é enorme: tanto em resistência de materiais (afinal, os robôs são espancados) quanto em eletrônica e programação, por exemplo. "Você aprende mais do que na aula", diz Álvaro. Em um mesmo campeonato, um robô luta várias vezes. Existem vitórias por pontos e por nocaute (quando ele pifa). Às vezes há apenas meia hora entre uma luta e outra, então é preciso desenvolver uma grande capacidade de fazer o sistema voltar a funcionar direito em pouco tempo, habilidade que é muito valorizada no mercado de trabalho. "Além da parte técnica, tem a parte de administração. É como uma empresa, com projetos, prazos e dinheiro. É um diferencial que faz com que as portas do mercado de trabalho se abram", diz Gabriel Silva, 22, do quarto ano de engenharia mecatrônica da Poli-USP. PARTICIPE TAMBÉM Não precisa ser aluno de engenharia para competir. Além disso, há categorias só para robôs pequenos -e mais baratos. Veja mais: www.robocore.net Texto Anterior: Vale tudo (exceto curto-circuito) Próximo Texto: Não faço cara de mau Índice | Comunicar Erros |
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