São Paulo, segunda-feira, 25 de maio de 2009

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02 NEURÔNIO

>> Jô Hallack >>Nina Lemos >> Raq Affonso

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Jesus, nos acuda!

NÃO ESTAMOS FALANDO do Jesus, o novo pet da Madonna. E, sim, rogando aos céus para que eles nos protejam dos ataques fashion. Sim, podemos acordar um dia e querer usar calça-cenoura e ombreira, assim como muitas pessoas foram abduzidas por balonês, sandálias gladiadoras e outros modismos.
Estamos aqui para fazer um alerta! Afinal, o inconsciente coletivo faz com que a gente resolva usar o último berro da moda, mesmo que seja um berro de horror.
Calça-cenoura
É preciso desconfiar de uma peça de roupa com nome de hortifrúti. Primeiro, foi o tal do look cebola. Agora, é a vez da calça-cenoura. Logo vão querer que a gente use uma melancia pendurada no pescoço. A calça é uma espécie de cruzamento genético entre a skinny, a saruel e a balonê... precisa dizer mais alguma coisa? Precisa: calça-cenoura faz mal à saúde mental do alheio, que terá pesadelos horríveis ao vê-lo com esse modelo.
A volta das ombreiras
Parece que os deformadores de opinião resolveram se aproveitar dos jovens que não viveram os anos 80. O ataque das ombreiras assassinas foi horrível na época. Tudo começou com alguma coleção que resolveu fazer ombros estruturados e, então, o colega deve ter resolvido fazer ombros ainda maiores e assim foi, numa reação em cadeia. Quando vimos, vendiam até sutiã com ombreiras. Assim, dava para usar o acessório em qualquer look.
Lenço palestino
Aquele lenço tão legal, preto e branco, usado pelos palestino e árabes em geral, entrou no gosto até do figurino das novelas da Globo. Tudo bem, não fosse o fato de quem usa não ter ideia de que ele apoia a causa palestina.
Quer dizer, na verdade, quem usa nem sabe o que é causa palestina.
E a indústria da moda, mais uma vez, foi lá, se apropriou de um acessório político e o transformou em acessório caro.
O mais triste: quem tinha um lenço palestino caro (existe coisa mais absurda?), hoje o odeia porque ele é vendido em camelôs. Escuta! E ainda tem gente que diz que a moda é democrática. Credo.

Momento de histeria

E o pior: todo mundo vai querer usar!

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