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CIÊNCIA
Escola no Ibirapuera oferece observações e explicações
Marte chega pertinho da Terra
RICARDO LISBÔA
DA REPORTAGEM LOCAL
Como uma debutante, a
cada 15 anos, aproximadamente, Marte chega
juntinho da Terra. Na
poesia, seria possível dizer
que se trata de um convite, para uma valsa, mas,
na astronomia, que não
deixa de ser poética, isso é
um fenômeno natural
chamado de oposição.
O que torna essa condição ainda mais fenomenal
é que, de amanhã (26/8)
até quinta-feira (28/8), essa proximidade vai ser a
maior dos últimos 73 mil
anos. Perto, espacialmente falando, significa 55,7
milhões de quilômetros,
distância que já faz com
que, durante a noite, o
planeta vermelho brilhe
mais do que qualquer estrela e possa ser visto a
olho nu.
Para deixar Marte ainda
mais visível, a EMA (Escola Municipal de Astrofísica) e o Sistema Anglo de
Ensino vão promover atividades ligadas ao evento
astronômico, dos dias
26/8 a 29/8, a partir das
20h. As atividades serão
realizadas na EMA, que fica no parque Ibirapuera,
ao lado do planetário.
Além de disponibilizar telescópios para observação, serão oferecidas palestras sobre as características de Marte, e monitores darão outras orientações ao público, que deve
ser principalmente de estudantes e professores do
ensino médio.
Um desses monitores é
o estudante de física Alberto Martins, 21, que tem
interesse por astronomia
desde bem pequeno,
quando ganhou um telescópio dos pais. "Costumava ir muito ao planetário do Ibirapuera, até que
ele fechou. Agora, então, é
uma chance muito boa de
ter um contato mais próximo com a astrofísica",
diz ele.
O planetário do Ibirapuera passa por reformas
e deve reabrir em 2004,
como parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Na mesma época,
deve ser inaugurado um
novo planetário, no parque do Carmo, zona leste.
"Se não chover, a oposição de Marte será um
grande espetáculo", esclarece o professor da EMA
Oscar Matsuura.
Mas, oposição a o quê?
Quando o Sol está de um
lado da Terra e Marte exatamente do lado oposto, é
dito que Marte está em
oposição ao Sol.
Quem não puder ir a nenhum dia dos eventos,
também pode apreciar o
vizinho marciano. Segundo o professor Matsuura,
os melhores lugares para
observar o planeta são os
com pouca iluminação,
descampados e longe de
lâmpadas artificiais. "Mas
o ideal seria que as pessoas realmente pudessem
passar por lá, para aprenderem um pouco mais sobre as formações rochosas do planeta e, assim,
conseguirem entender
melhor o que vêem", propagandeia.
Além das palestras geográficas, haverá discussões sobre a questão da vida em Marte e sobre o que
a atual posição do planeta
traz de diferente.
No dia 29/8, o evento será exclusivo para os professores do ensino médio,
que devem se inscrever somente no site www.prefeitura.sp.gov.br/svma.
Nos outros dias, tudo será aberto para quem se interessar, gratuitamente. Informações pelo tel.: 0/xx/ 11/5575-5425.
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