UOL


São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GAME ON

Grandes emoções em versão nacional

ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O "NCAA Football 2004", game de futebol americano da liga universitária, vendeu, no mês de lançamento, quase 500 mil cópias ao preço de US$ 50. Total bruto: US$ 25 milhões!!!!
Claro que liga universitária nos EUA é coisa séria, mas a paixão e a altíssima venda do jogo me levaram a uma discussão furiosa com amigos sobre a identidade nacional dos games. Como seria? Haveria um jogo tipicamente brasileiro?
Num exercício de botequim, alguns jogos surgiram e outros foram adaptados. "GTA Vice City" foi o primeiro candidato. O herói (?) seria Fernandinho Beira-Mar. Em vez de camisas floridas, camisetas de time de futebol, as ruas planas do tipo Miami se transformariam em morros e na zona sul carioca.
A versão para "Fifa" ou para "Winning 11" teria mais de 50 times. Você perderia seu craque durante o campeonato assim que ele fizesse muitos gols, e o regulamento mudaria semanalmente.
"The Sims" seria uma gigantesca casa dos artistas... Ex-famosos e filhos de ex-estrelas seriam comandados por jogadores ávidos por barracos escandalosos. O "Tomb Raider" tupiniquim seria a última tentativa de a Tiazinha ter seu próprio programa ou game.
Devagar, o Brasil vai compreendendo o poder dos games. Ainda não lançamos um jogo tipicamente brasileiro e não temos representantes oficiais dos consoles, mas persistimos jogando.
Mais cedo ou mais tarde, a vingança dos gamers brasileiros virá a cavalo.
Hei de jogar, mesmo sendo brasileiro!


Colaborou Fabio Silva

gameon@folha.com.br


Texto Anterior: 02 neurônio: O Flashmob dos solteiros
Próximo Texto: Folhateen explica: Ataque à ONU expõe fragilidade do poder no Iraque
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.