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GAME ON
Grandes emoções em versão nacional
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O "NCAA Football 2004", game de futebol americano da liga universitária,
vendeu, no mês de lançamento, quase
500 mil cópias ao preço de US$ 50. Total
bruto: US$ 25 milhões!!!!
Claro que liga universitária nos EUA é
coisa séria, mas a paixão e a altíssima
venda do jogo me levaram a uma discussão furiosa com amigos sobre a identidade nacional dos games. Como seria? Haveria um jogo tipicamente brasileiro?
Num exercício de botequim, alguns jogos surgiram e outros foram adaptados.
"GTA Vice City" foi o primeiro candidato. O herói (?) seria Fernandinho Beira-Mar. Em vez de camisas floridas, camisetas de time de futebol, as ruas planas do
tipo Miami se transformariam em morros e na zona sul carioca.
A versão para "Fifa" ou para "Winning
11" teria mais de 50 times. Você perderia
seu craque durante o campeonato assim
que ele fizesse muitos gols, e o regulamento mudaria semanalmente.
"The Sims" seria uma gigantesca casa
dos artistas... Ex-famosos e filhos de ex-estrelas seriam comandados por jogadores ávidos por barracos escandalosos. O
"Tomb Raider" tupiniquim seria a última tentativa de a Tiazinha ter seu próprio programa ou game.
Devagar, o Brasil vai compreendendo
o poder dos games. Ainda não lançamos
um jogo tipicamente brasileiro e não temos representantes oficiais dos consoles,
mas persistimos jogando.
Mais cedo ou mais tarde, a vingança
dos gamers brasileiros virá a cavalo.
Hei de jogar, mesmo sendo brasileiro!
Colaborou Fabio Silva
gameon@folha.com.br
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