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Hábitos saudáveis vêm da família ou de ideologia
DA REPORTAGEM LOCAL
O exemplo vem de casa. Para a professora de
nutrição Jocelen Mastrodi Salgado, a tese
está correta, pelo menos no que se refere à alimentação. "Os adolescentes que, desde cedo,
tiveram uma alimentação equilibrada, com
frutas e verduras, mesmo que passem a comer outras coisas, costumam manter esse
bom hábito", diz.
A estudante Claudia Somekh, 15, é um
exemplo. "Minha mãe nunca fez fritura, eu
sempre fui acostumada a comer de tudo. Se
tem refrigerante e suco, eu prefiro suco. Não é
só para ter o corpo bonitinho. Se a gente só
pensar no agora, como vai ser o amanhã?"
Na família de Claudia, o cuidado com a alimentação acabou virando negócio. Há quatro anos, seu pai, Roberto Somekh, e sua mãe,
Diná, montaram com mais três sócios um
fast food diferente, de refeições balanceadas.
No Bioesfera, todos os pratos trazem o número de calorias, a batata palha e a omelete
são assadas e o hambúrguer é de soja.
Já para outro grupo de adolescentes, o cuidado com a alimentação é mais do que preocupação com a forma ou com a saúde: é também ideologia. Os vegans, além de não comerem nenhum tipo de carne, excluem do seu
dia-a-dia produtos de origem animal, como
peles, ovos, mel, leite e derivados, ou que
exerçam algum tipo de opressão sobre os animais, como medicamentos e cosméticos que
usam animais como cobaias para teste.
O estudante Rodolfo Reis Trippe, 17, é vegan há três anos e vegetariano há quatro.
"Por incrível que pareça, tenho uma alimentação bem balanceada, como vários tipos de
verduras, legumes, frutas, cereais etc. A culinária vegan tem muitas opções saudáveis e
saborosas ao mesmo tempo."
(AK)
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