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quadrinhos
Gibis de horror são a mais nova aposta da gigante americana Marvel
RICARDO MORENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM NOVA YORK
A caba de chegar às
bancas dos Estados
Unidos a minissérie
em cinco capítulos
"Marvel Zombies vs.
Army of Darkness". Trata-se de
um encontro inédito entre os
super-heróis zumbis da Marvel
e o impagável Ash J. Williams,
da série de cinema "Evil Dead",
conhecida por aqui por "Uma
Noite Alucinante".
No Brasil, está sendo publicada desde janeiro a série original dos zumbis Marvel, lançada
originalmente nos EUA em
2005 e que foi um dos mais estrondosos sucessos da década,
com sucessivas reimpressões
esgotadas. "Não esperávamos
que se transformasse num fenômeno tão grande e imediato", escreveu Ryan Penagos,
editor da Marvel.com, no site
da editora (leia mais à direita).
Desde 1987, quando a DC Comics (rival da Marvel nas histórias em quadrinhos de super-heróis) lançou o selo adulto
Vertigo, não se via uma movimentação tão grande do mercado de gibis de horror.
Stephen King
Outra aposta da Marvel no
macabro é a adaptação para os
HQs da novela "The Dark Tower", do mestre do terror Stephen King. Os sete capítulos giram em torno do personagem
Roland Deschain, um pistoleiro que vaga pelo mundo em
busca da tal torre negra. Logo
na primeira página, dois urubus aparecem em close arrancando as vísceras das costelas
de um infeliz qualquer. É de
embrulhar o estômago.
Também há a chance de
"Motoqueiro Fantasma: Estrada para a Danação", escrita por
Garth Ennis, se transformar
em gibi regular ainda neste ano.
Outro rumor é sobre um bizarro embate entre a heroína Sonja e os heróis zumbis.
A febre do horror pode ser
comprovada com uma breve visita à tradicional loja Forbidden Planet, no bairro do Village, em Nova York. Ali, de cada
dez pessoas que entram, quatro
procuram um título desse gênero tenebroso.
Vertigo
O horror já tinha tido um
grande momento no final dos
anos 80, quando a DC Comics/
Vertigo passou a publicar material como "O Monstro do
Pântano", de Alan Moore,
"Hellblazer", de Jamie Delano
e outros, "Sandman", de Neil
Gaiman, e "Preacher", de Garth
Ennis. No ano passado, seguindo a linha adulta, a editora lançou histórias baseadas na guerra do Iraque, como "The Pride
of Baghdad", de Brian K. Vaughan, que relata o périplo de
uma turma de leões dispostos a
abandonar o zoológico no mesmo dia em que as tropas americanas chegam ao país.
Na semana passada foi a vez
de chegar às lojas o primeiro
número de "Army@Love", assinado por Rick Veitch, onde o
foco também é a guerra, só que
com os soldados como protagonistas. No Brasil, a editora Con-rad coloca nas prateleiras "Vidas Breves", sétimo volume da
coleção completa de Sandman.
Lançada originalmente entre
1988 e 1996 nos EUA, as histórias não são inéditas, mas voltam compiladas numa edição
luxuosa.
Desenhista brasileiro
E quanto à nova série "Marvel Zombies vs. Army of Darkness"? Sobrou até para o Brasil.
O desenhista paulista Fabiano Neves, 31, é quem responde
pelos traços dos gibis. "Esse é
meu primeiro trabalho com a
Marvel", contou, em entrevista
ao Folhateen.
"Tenho contrato de exclusividade com a Dynamite Entertainment, a editora que tem os
direitos sobre o "Army of Darkness", e acabei sendo chamado
para assinar essa série, o que é
um grande orgulho e desafio
para mim."
Fabiano demora pelo menos
14 horas para finalizar cada página. Responsável pela publicação das HQs no Brasil, a editora
Panini ainda não tem previsão
de lançamento desse macabro
encontro entre os zumbis e o
atrapalhado Ash no país (que
no cinema foi interpretado pelo ator Bruce Campbell).
Mas, para quem gosta de
horror, a história não acaba
aqui. Há ainda os mangás japoneses do gênero: "Uzamaki, a
Espiral do Terror", de Junji Ito,
e "Panorama do Inferno", de
Hideshi Hino. Ambos os títulos
estão disponíveis no Brasil pela
editora Conrad.
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