COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Você está preparada para sua entrevista com Synyster Gates?", perguntou a representante da Warner, que me ligou para que eu pudesse redigir esta matéria sobre a banda californiana Avenged Sevenfold.
Nada sinistro, Brian veio ao telefone. Disse que estava em sua casa em Huntington Beach e que estava ansioso para assistir ao jogo dos Lakers. Perguntei se, depois de nove anos na estrada, o guitarrista ainda tinha paciência para dar entrevistas por telefone para jornalistas que sempre fazem as mesmas perguntas. Ele respondeu que sim, e me concedeu respostas que eu já havia lido.
Apesar de o Avenged Sevenfold abrir o novo disco, homônimo, com uma música que critica a Guerra do Iraque, Brian disse que a banda não possui uma consciência política. Talvez para evitar entrar em discussões desinteressantes para ele, também não quis dividir qual é o seu voto nessa eleição.
Perguntei sobre as influencias literárias e bíblicas. Falei sobre "Bat Country", música inspirada no jornalista Hunter S. Thompson e em seu "Medo e Delírio em Las Vegas". Brian disse que todos eles eram fãs de Hunter e que ele havia visto o filme. E o livro? Ele não havia lido. Voltamos à música.
Brian contou que estava contente com a repercussão do novo álbum e por estar vindo ao Brasil. Apesar de o trabalho ter sido novamente criticado pelos fãs antigos, Brian acha que estão no caminho certo.
Apesar do que implica a aparência, os caras não têm nada de macabro. Falam com educação ao telefone e são músicos dedicados e competentes. Só isso já é atrativo para o único show que farão aqui, já que está cada vez mais difícil ver bandas com artistas que realmente tocam seus instrumentos. (MDG)

AVENGED SEVENFOLD
QUINTA-FEIRA, 21H30
Citibank Hall (av. Jamaris, 213, Moema, São Paulo, SP; tel. 6846-6040)
R$ 110 (pista) e R$ 200 (camarote)
Classificação etária: 14 e 15 anos, permitida a entrada desde que
acompanhados dos pais ou responsáveis legais;
16 anos em diante; permitida a entrada desacompanhados

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