|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
desenho
Animação apresenta (mais uma) revolução nos efeitos especiais
"Carros" impressiona, mas não vai ficar para a posteridade
JOÃO PAPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De vez em quando alguém lança uma
animação que faz
as pessoas bradarem: "É uma revolução nos efeitos especiais",
"algo nunca visto antes" etc.
etc. etc. Pode-se dizer isso de
"Carros", filme da Disney/Pixar que estréia na próxima sexta-feira, com facilidade. A qualidade que os animadores conseguiram alcançar no desenho
dos cenários, em alguns momentos, chega a assustar.
A fita conta a história de Relâmpago McQueen, um jovem
carro de corrida ambicioso que
sonha em ser o mais novo vencedor da Copa Pistão. Por um
acaso do destino ele acaba dando em uma cidadezinha chamada Radiator Springs, onde
conhece algumas pessoas... err,
carros, que o ensinam coisas
mais importantes do que vencer uma corrida.
A premissa aparentemente
bobinha surge como crítica à
globalização e à velocidade da
vida moderna. Crítica essa tratada, é claro, do modo Disney
de ver a vida, no qual as personagens más se lascam e as boas
se dão bem e ficam felizes.
Apesar de ter em sua equipe o
mestre Joe Ranft, que trabalhou nas histórias de alguns dos
maiores clássicos Disney (e infelizmente morreu em agosto
do ano passado, motivo pelo
qual recebe uma bela homenagem ao final da projeção), "Carros" não é um filme que ficará
marcado para sempre, como é o
caso de "Rei Leão" ou "A Bela e
a Fera".
Mas, no mínimo, vale a pena
pela animação e por Mate, o
simpático e divertido Reboque
de Radiator Springs.
Texto Anterior: Sexo & saúde - Jairo Bouer: "Me excito demais" Próximo Texto: "Ragnarök" animado enche Cartoon de gente estranha Índice
|