São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2006

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desenho

Animação apresenta (mais uma) revolução nos efeitos especiais

"Carros" impressiona, mas não vai ficar para a posteridade

JOÃO PAPA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

De vez em quando alguém lança uma animação que faz as pessoas bradarem: "É uma revolução nos efeitos especiais", "algo nunca visto antes" etc. etc. etc. Pode-se dizer isso de "Carros", filme da Disney/Pixar que estréia na próxima sexta-feira, com facilidade. A qualidade que os animadores conseguiram alcançar no desenho dos cenários, em alguns momentos, chega a assustar.
A fita conta a história de Relâmpago McQueen, um jovem carro de corrida ambicioso que sonha em ser o mais novo vencedor da Copa Pistão. Por um acaso do destino ele acaba dando em uma cidadezinha chamada Radiator Springs, onde conhece algumas pessoas... err, carros, que o ensinam coisas mais importantes do que vencer uma corrida.
A premissa aparentemente bobinha surge como crítica à globalização e à velocidade da vida moderna. Crítica essa tratada, é claro, do modo Disney de ver a vida, no qual as personagens más se lascam e as boas se dão bem e ficam felizes.
Apesar de ter em sua equipe o mestre Joe Ranft, que trabalhou nas histórias de alguns dos maiores clássicos Disney (e infelizmente morreu em agosto do ano passado, motivo pelo qual recebe uma bela homenagem ao final da projeção), "Carros" não é um filme que ficará marcado para sempre, como é o caso de "Rei Leão" ou "A Bela e a Fera".
Mas, no mínimo, vale a pena pela animação e por Mate, o simpático e divertido Reboque de Radiator Springs.


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