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SAÚDE
Por uns fios
Calvície pré-18 atinge até 10% dos homens; saiba o que fazer para evitar (ou esconder) a careca e quem "reflete" seu futuro na família
CHICO FELITTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Faz três anos que Felipe
Xavier, 19, tomou um
susto cabeludo ao sair do
banho: o chão do box estava peludo. Ele começava a ficar calvo
aos 16, poucos anos depois da
puberdade. "Entrei em parafuso! Tinha algo de errado!".
Não tinha nada de errado e
nem era acontecimento único.
Felipe faz parte dos 20% dos
calvos (que são metade dos homens) cujos cabelos começam
a cair antes da maioridade, segundo dermatologistas ouvidos
pelo Folhateen.
Hoje, Felipe parou de arrancar os cabelos de nervosismo.
Desistiu de achar na família
quem "deu" os genes que fizeram sua franja rarear e anuncia
a data de morte da cabeleira.
Acha que daqui a três anos já
deve ter perdido a guerra contra as "entradas". Mas afirma
que lutou antes de desistir.
Primeiro, foi ao médico, que
lhe receitou finasterida, o "remédio da vez". A droga age nos
hormônios e é usada também
para combater o câncer de
próstata, só que em doses cinco
vezes maiores.
Os comprimidos diminuíram "um pouco" a queda, mas
ele desistiu deles depois de um
ano. Faltava disciplina para tomar a dose todos os dias ("era
como pílula "de mulher'").
Ele trocou, então, o remédio
por uma solução cosmética.
Ajeita os fios encaracolados ao
redor das falhas para tapá-las.
Esse truque é chamado nos
EUA de "combover" ("penteia
por cima") e tem adeptos como
Donald Trump, apresentador
de "O Aprendiz" americano.
Quando não der mais para
disfarçar, Felipe diz que vai assumir as falhas. Implante ou
peruca estão fora de cogitação.
"São caros e, se ficarem feios, o
cara vira motivo de piada."
Gostam mais?
Já o estagiário de publicidade
Juliano Carregari, 21, conseguiu reverter a queda antes que
ficasse só por alguns fios.
Assim que acordou e deu de
cara com "um ratão de pelos"
no travesseiro, há dois anos,
correu para a dermatologista.
Na consulta, ouviu que sua
queda era causada por estresse
e má-alimentação e levava o
nome de eflúvio telógeno.
Desde então, ele toma um
complexo de vitamina E e enche o prato de legumes e de verduras. Parou com as comidas
gordurosas e de usar cera no cabelo, mas não de se estressar.
Até porque foi do salário da
agência de publicidade que tirou os R$ 250 gastos nas ações.
Valeu a pena, garante. "Escapei de conferir, na prática, se é
mesmo dos carecas de que elas
gostam mais...".
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