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CINEMA
"Kill Bill, vol. 2", de Quentin Tarantino, chega aos cinemas no próximo dia 8 de outubro
A vez de Bill
Programa jovem
Divulgação
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O mestre Pai Mei (Gordon Liu) ensina artes marciais a Noiva (Uma Thurman) |
SYLVIA COLOMBO
EDITORA DO FOLHATEEN
Você pode gostar mais de um filme
de Quentin Tarantino do que de
outro. Pode preferir o sanguinário
"Cães de Aluguel" (1992) ao pastiche pop
"Pulp Fiction" (1994). Pode até odiar todos.
O difícil é ser insensível a suas provocações.
Tarantino é, hoje, o cineasta que mais talento possui para fazer a gente se remexer
na poltrona, testar nossas reações e causar
incômodo. E sempre com muito humor.
No próximo dia 8, estréia a segunda parte
de "Kill Bill". Para quem não se lembra, é a
história de vingança da Noiva (Uma Thurman), enfurecida com Bill (David Carradine), líder da quadrilha de assassinos da qual ela costumava fazer parte.
Nesse volume 2, ficamos sabendo
que a Noiva foi treinada por um mestre chinês de artes marciais e que, por
trás de seu desejo de desforra está uma
triste história de amor e de corações
partidos -afinal, corações (e pernas,
braços, miolos) partidos parecem ser
uma verdadeira obsessão do diretor...
Tudo em "Kill Bill" acontece num
mundo absurdo. Nele é possível, por
exemplo, alguém enterrado vivo sair
de debaixo da terra ou, ainda, que tiros
sejam disparados dentro de hotéis sem
que ninguém apareça para conferir
que barulho era aquele ou que a polícia resolva dar as caras. É um ambiente de
cartum, em que sangue e mortes são apenas um elemento da narrativa e nunca um
elogio ao comportamento violento.
Além de ter uma boa história em mãos, o
mérito de Tarantino é o de saber contá-la
de forma criativa, usando referências de todos os filmes que viu até hoje -e pode ter
certeza de que não foram poucos.
Seu estilo mistura características de fitas
de western, de artes marciais chinesas e de
samurai japonesas, além de citar produções B americanas. Para um cinéfilo recém-iniciado, Tarantino é uma boa porta de entrada para todo esse universo.
Tudo o que você vê na tela foi tirado de algum lugar, desde o tapa-olhos usado por
Elle (Daryl Hannah) até a flauta tocada por
Bill. É um verdadeiro desfile de clichês. Por
exemplo, um carro visto de frente, com o
motorista à direção e uma paisagem passando rápido atrás ou a divisão da tela em
dois para mostrar ações simultâneas, foram
recursos muito usados no passado. Assim
como aquele zoom exagerado e abrupto, típico de produções orientais precárias.
Para saber mais sobre de onde Tarantino
tira tantas idéias, dê uma olhada no site
www.imdb.com (Internet Movie Database) -clique em "trivia" na página do filme.
E quer saber se você está preparado para
enfrentar a segunda parte de "Kill Bill"? Então tente responder às perguntas do quiz
que o Folhateen preparou.
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