DO COLUNISTA DA FOLHA

Metade das mulheres que foram mães entre 1990 e 1995 não tinham planejado sua gravidez. A proporção de meninas de até 18 anos que já engravidaram no país está em torno de 1 em cada 5. Em 2001, 1 em cada 4 partos realizados na rede pública de saúde era de uma adolescente (dado que vem se repetindo há alguns anos).
Além disso, cerca de 40% das adolescentes que tiveram uma gestação tornam a engravidar em um curto espaço de tempo. O índice quase dobrou nos últimos dez anos.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, mais de 90% dos jovens conhecem os métodos anticoncepcionais, só que esse conhecimento não se traduz em prevenção: 70% deles não usam os métodos na primeira relação.
Isso tudo mostra que gravidez na adolescência não ocorre por falta de informação. Ela pode ter relação com uma certa dificuldade de acesso aos métodos anticoncepcionais, com o pensamento mágico de que "gravidez não acontece comigo" e com a falta de poder da garota em negociar o uso da camisinha com seu parceiro.
O mais importante é passar no ginecologista, tirar todas as dúvidas sobre comportamento sexual e escolher um método de prevenção da gravidez que seja adaptado à realidade de cada uma. (JB)


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