DA REPORTAGEM LOCAL

Estimular a responsabilidade, dar limites, oferecer segurança, marcar a passagem para a maturidade. Os motivos são muitos, mas o fato é que há uma tendência entre as escolas de liberar os alunos que chegam ao ensino médio da obrigatoriedade do uso de uniforme. Os estudantes, é claro, adoram.
"A partir da 8ª série, a gente começa a sair mais, a comprar mais roupa nova", diz Roberta Nese, 15, que está no segundo colegial do Madre Alix, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).
O Colégio Magister, na Chácara Flora (zona sul), liberou neste ano o ensino médio do uso do uniforme. "Com isso, demos mais responsabilidade para o aluno, para que ele aprenda a trajar roupas adequadas ao ambiente. E também colocamos limites: eles não podem vir de chinelo, calça rasgada ou camiseta de clube de futebol", diz Márcio Antônio Leitão, coordenador pedagógico.
A segurança dos alunos também pesou na decisão. "O uniforme os identifica como estudantes de classe média."
No Colégio I.L. Peretz, na Vila Mariana (zona sul), os alunos do ensino médio também podem ir sem uniforme, mas com limites. "As meninas não pode usar tops ou shorts curtinhos, os meninos não podem ir de camiseta regata", diz Tizuê Kondo Fukumoto, coordenadora do ensino médio.
No Colégio Pentágono, que tem unidades em Perdizes, no Morumbi e em Alphaville, os estudantes também só usam uniforme até a 8ª série. Segundo a orientadora Tatiana Pimentel Machado, os jovens do ensino médio não gostam de usá-lo. "Nessa faixa etária, eles se sentem infantilizados usando uniforme." (AK)


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