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São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2003

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Game On

Diversões incorretas

ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Um dos maiores medos dos pais e mestres e das ligas de senhoras é que a vida imite os games. Tem sempre alguém apontando uma letra de rock, um filme de porrada ou um videogame violento como responsável por alguma barbaridade cometida por um ser humano.
A discussão aceita a participação dos pitbulls na defesa. O cachorro brucutu que é malvado ou o dono do cão que ataca que é um imbecil? Mesmo que a primeira parte da pergunta seja correta, é garantida a veracidade da parte dois.
Nos games, a resposta se dá todos os dias, sem causar grandes tragédias. Alguns jogos materializam-se diante de nossos olhos mostrando um universo invertido, divertido e incorreto.
Passei uma noite destruindo carros em "BurnOut 2 Point of Impact". Além do modo "championship", onde você participa de corridas e de missões, existe o modo "crash". Primeiro, deve-se escolher o carro. Segunda etapa, acelerar como se não houvesse amanhã. Por fim, ganha quem conseguir provocar o maior acidente.
Outro lançamento saído da vida real é "Paparazzi Pro", que transforma você em um fotógrafo sanguessuga que corre atrás de estrelas e de personalidades. Mas atenção: não basta conseguir a foto de um ator sendo preso por porte de drogas. Nesse jogo, os pontos vêm da qualidade das fotos.
Em tempo: nunca fui traficante e dirijo com cuidado. Na verdade, cada vez mais, os games é que imitam a vida.


Colaborou Fabio Silva
gameon@folha.com.br


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