|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Game On
Diversões incorretas
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Um dos maiores medos dos pais e mestres e das ligas de senhoras é que a vida imite os games. Tem sempre alguém
apontando uma letra de rock, um filme
de porrada ou um videogame violento
como responsável por alguma barbaridade cometida por um ser humano.
A discussão aceita a participação dos
pitbulls na defesa. O cachorro brucutu
que é malvado ou o dono do cão que ataca que é um imbecil? Mesmo que a primeira parte da pergunta seja correta, é
garantida a veracidade da parte dois.
Nos games, a resposta se dá todos os
dias, sem causar grandes tragédias. Alguns jogos materializam-se diante de
nossos olhos mostrando um universo invertido, divertido e incorreto.
Passei uma noite destruindo carros em
"BurnOut 2 Point of Impact". Além do
modo "championship", onde você participa de corridas e de missões, existe o
modo "crash". Primeiro, deve-se escolher o carro. Segunda etapa, acelerar como se não houvesse amanhã. Por fim,
ganha quem conseguir provocar o maior
acidente.
Outro lançamento saído da vida real é
"Paparazzi Pro", que transforma você
em um fotógrafo sanguessuga que corre
atrás de estrelas e de personalidades.
Mas atenção: não basta conseguir a foto
de um ator sendo preso por porte de drogas. Nesse jogo, os pontos vêm da qualidade das fotos.
Em tempo: nunca fui traficante e dirijo
com cuidado. Na verdade, cada vez mais,
os games é que imitam a vida.
Colaborou Fabio Silva
gameon@folha.com.br
Texto Anterior: Solidariedade à dona Marisa Próximo Texto: Folhateen explica: Por que as arquibancadas tremem quando a torcida pula? Índice
|