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CINEMA
Sangue frio
"Terror na Antártida", baseado em gibi, estreia na sexta; o ator Gabriel Macht conta que passou calor, nas filmagens
ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES (EUA)
"Você se importa se eu
terminar de me
vestir?", Gabriel
Macht pergunta, ao abrir a porta de sua suíte no hotel. Afivela
o cinto, com pressa, e sorri.
Em seguida, conversa com a
reportagem sobre o filme "Terror na Antártida", em que atua.
O longa, baseado no gibi
"Whiteout - Morte no Gelo"
(ed. Devir, R$ 25, 128 págs.), estreia no Brasil na sexta-feira.
Confira trechos da conversa
com o ator, em pleno verão.
(DIOGO BERCITO)
FOLHA - Quem é Robert Pryce, seu
personagem no filme?
GABRIEL MACHT - Robert é um
ex-soldado que passou um tempo no Iraque e agora está trabalhando para a ONU. Ele aparece no meio do filme e diz estar
tentando solucionar o crime,
mas tem outras intenções...
FOLHA - "Spirit", seu maior papel
nos cinemas, era também um personagem de HQs. É a mesma coisa?
MACHT - A abordagem em "Spirit" foi quase como assistir aos
quadrinhos na tela. Os personagens eram estilizados. Já
"Terror na Antártida" é uma
HQ bem natural, tem uma
abordagem honesta da realidade. É baseado em pessoas reais.
FOLHA - No gibi "Whiteout", os
dois personagens principais são mulheres e há uma espécie de tensão
sexual entre as duas...
MACHT - Não sei por que fizeram de Pryce um personagem
masculino, no filme. Talvez a
plateia não esteja pronta para
um filme de ação com duas mulheres. Mas eu adoraria ver isso, por que não?
FOLHA - Você é um leitor de HQs?
MACHT - Eu li HQs enquanto
crescia. Quando fiz "Spirit", me
apaixonei por "graphic novels"
[romances gráficos]. Will Eisner é meu autor favorito.
FOLHA - Por que tantos quadrinhos
estão sendo filmados?
MACHT - As pessoas gostam de
ver pessoas com poderes e forças que elas não têm.
FOLHA - Você precisou fingir que
estava com frio, nas gravações?
MACHT - Ficamos em Manitoba (Canadá) por duas semanas
e filmamos muito no gelo. Estava congelando, quase 40º C negativos. Sua pressão sobe, você
fica tonto e confuso. Foi bem
gelado. Usávamos roupas pesadas para ficarmos quentes.
Mas, quando filmamos em
Montreal (Canadá), em um estúdio, fizemos a cena da nevasca com fundo verde. Fazia
40º C e tínhamos de atuar. Você treme, mas nunca esteve tão
quente. Esse foi o desafio.
O jornalista viajou a convite da Warner Bros.
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