São Paulo, segunda-feira, 28 de setembro de 2009

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CINEMA

Sangue frio

"Terror na Antártida", baseado em gibi, estreia na sexta; o ator Gabriel Macht conta que passou calor, nas filmagens

ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES (EUA)

"Você se importa se eu terminar de me vestir?", Gabriel Macht pergunta, ao abrir a porta de sua suíte no hotel. Afivela o cinto, com pressa, e sorri.
Em seguida, conversa com a reportagem sobre o filme "Terror na Antártida", em que atua.
O longa, baseado no gibi "Whiteout - Morte no Gelo" (ed. Devir, R$ 25, 128 págs.), estreia no Brasil na sexta-feira.
Confira trechos da conversa com o ator, em pleno verão. (DIOGO BERCITO)

 

FOLHA - Quem é Robert Pryce, seu personagem no filme?
GABRIEL MACHT -
Robert é um ex-soldado que passou um tempo no Iraque e agora está trabalhando para a ONU. Ele aparece no meio do filme e diz estar tentando solucionar o crime, mas tem outras intenções...

FOLHA - "Spirit", seu maior papel nos cinemas, era também um personagem de HQs. É a mesma coisa?
MACHT -
A abordagem em "Spirit" foi quase como assistir aos quadrinhos na tela. Os personagens eram estilizados. Já "Terror na Antártida" é uma HQ bem natural, tem uma abordagem honesta da realidade. É baseado em pessoas reais.

FOLHA - No gibi "Whiteout", os dois personagens principais são mulheres e há uma espécie de tensão sexual entre as duas...
MACHT -
Não sei por que fizeram de Pryce um personagem masculino, no filme. Talvez a plateia não esteja pronta para um filme de ação com duas mulheres. Mas eu adoraria ver isso, por que não?

FOLHA - Você é um leitor de HQs?
MACHT -
Eu li HQs enquanto crescia. Quando fiz "Spirit", me apaixonei por "graphic novels" [romances gráficos]. Will Eisner é meu autor favorito.

FOLHA - Por que tantos quadrinhos estão sendo filmados?
MACHT -
As pessoas gostam de ver pessoas com poderes e forças que elas não têm.

FOLHA - Você precisou fingir que estava com frio, nas gravações?
MACHT -
Ficamos em Manitoba (Canadá) por duas semanas e filmamos muito no gelo. Estava congelando, quase 40º C negativos. Sua pressão sobe, você fica tonto e confuso. Foi bem gelado. Usávamos roupas pesadas para ficarmos quentes.
Mas, quando filmamos em Montreal (Canadá), em um estúdio, fizemos a cena da nevasca com fundo verde. Fazia 40º C e tínhamos de atuar. Você treme, mas nunca esteve tão quente. Esse foi o desafio.


O jornalista viajou a convite da Warner Bros.


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