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SEXO E SAÚDE
"Tenho 17 anos e estou a
fim da garota por quem
meu melhor amigo é
apaixonado. Acho que a
menina também gosta
dele. Mesmo morrendo
de inveja, torço para que
os dois fiquem juntos.
Estou me sentindo um
traidor.Tenho medo de
ele acabar desistindo
dela por minha causa. O
que faço?"
Controlar emoções é difícil, mas dá para tentar entendê-las
Seu melhor amigo gosta de uma menina e
ela, aparentemente, também gosta dele. Que
espaço sobra para você dentro dessa história
toda? Na verdade, muito pouco. Se os dois podem ficar bem (você até torce para que
o namoro dê certo), para que investir?
Muitas vezes, a gente perde o controle sobre
o que sente. Nosso lado emocional dá um drible no lado racional e acaba deixando a gente
meio de mãos amarradas. Não dá para escolher de quem a gente vai ficar a fim. A gente
fica a fim e ponto! A emoção rola e a gente não
consegue controlar.
Mas um exercício interessante é tentar entender por que essas emoções aparecem. De
onde elas surgem? Por exemplo, no seu caso,
com tantas garotas no mundo, por que você
foi ficar a fim justamente da garota do seu melhor amigo?
Já pensou nisso? Pois é! Para essa pergunta,
não há uma resposta única. Mas a gente pode
fazer algumas suposições. Será que, de alguma maneira, você não está querendo disputar
alguma coisa com seu melhor amigo? Por
que, muitas vezes, a gente tem sentimentos
ambíguos em relação aos melhores amigos. Gostamos, apoiamos, confiamos, mas também
comparamos, competimos e invejamos. Coisas do ser humano!
Outra possibilidade é que você, talvez, ainda
não se sinta pronto para encarar um namoro.
E aí o que acontece? Acaba escolhendo uma
garota meio proibida, meio interditada, a garota do seu amigo!
Será que não rola um medo de encarar uma
relação de verdade com uma garota? Ou ainda, será que pode ser medo de perder a amizade e a companhia do seu amigo depois que ele
começar a namorar a menina?
A gente pode passar aqui o dia tentando entender o que aconteceu, sem chegar a uma
conclusão. Essas emoções todas acontecem
de uma maneira que nem percebemos. Que
tal deixar os dois se entenderem e ver o que
acontece? Contar ou não para ele o que está
acontecendo é uma decisão que só você vai
poder tomar! Mas, antes, pense bem se vale a
pena mesmo contar ou se essa decisão não
traz o risco de acabar afastando seu amigo.
P.S. - Quando você estiver lendo esta coluna, o Brasil já terá escolhido seu presidente. Se
o seu candidato tiver vencido, ótimo. Cobre dele as
promessas de um país mais justo para os jovens. Se seu candidato não tiver vencido, paciência.
Como nosso amigo da carta de hoje, nem
sempre alcançamos todos os nossos objetivos.
Mas é aí que seu novo papel começa. Não
adianta sentar e esperar o circo pegar fogo. O
país não é o Brasil do Lula ou o Brasil do Serra.
Esse é o seu país! E é
você quem vai ter de
exigir estudo, trabalho, saúde, justiça e
segurança.
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